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AGENDA CULTURAL Cinema, teatro, música e lançamentos literários neste fim de semana Além do documentário sobre o ator Christopher Reeve, shows de SoulRa e Bela Rio, mostra de arte digital no Casarão Thomé, peça infantil com grupo pernambucano e bate-papo sobre livro de Caetano Veloso estão entre os destaques 18 OUT 2024 • POR Da Redação • 10h00
Documentário sobre o ator que ficou famoso vivendo o Super-Homem nas telas e deu exemplo de superação após ficar tetraplégico; no Cinemark, legendado   Foto: Divulgação/Warnes Bros

Morto há 20 anos, depois de enfrentar por quase uma década graves problemas de saúde, em decorrência de uma lesão na medula que o deixou tetraplégico, Christopher Reeve será para sempre o Super-Homem.

O personagem com superpoderes – surgido em 1938 nas HQs da DC Comics – nasceu no planeta fictício de Krypton e foi enviado à Terra ainda bebê por seu pai, ocasião em que foi adotado pela família Kent e gradualmente descobrindo a própria força.

Mas foi no cinema, a partir de 1978, com Reeve no papel principal, que o herói ganhou o mundo de uma vez por todas.

Embora já muito popular globalmente desde os anos 1930, inclusive no Brasil, onde foi publicado ainda no mesmo ano de seu lançamento, e com a fama ainda mais robusta a partir da série de tevê exibida a partir de 1948, não dá para desprezar o peso do ator na transformação do Super-Homem em um mito planetário.

Reeve esteve à frente de quatro produções de fôlego como o homem de aço, sem contar o novo corte do “Superman 2” (1980), que o diretor Richard Donner levou às telas em 2006, e da aparição especial por computação gráfica no “The Flash” de 2023.

Preso a uma cadeira de rodas e precisando de ventilação mecânica para respirar, tornou-se um militante ferrenho de pesquisas com células-tronco e de melhores condições de vida para quem tivesse condições físicas semelhantes a sua.

A superação pessoal e o voluntarismo nas ações filantrópicas fez a persistência de Reeve assumir ares de extraordinário perante a opinião pública, tornando-o admirado inclusive por quem eventualmente, até então, mantinha-se alheio ao seu brilho nas telas, e só era ofuscado pela kryptonita, o mineral radioativo que, na ficção, é o seu calcanhar de aquiles.

E tem a sua versão humana, o jornalista Clark Kent, a namorada e colega de redação Lois Lane, a transformação magnética na cabine telefônica, o vilão Lex Luthor.

Tudo isso só faz aumentar a expectativa ante o documentário “Super/Man: A História de Christopher Reeve”, principal estreia da semana no circuito comercial, que vem sendo bastante elogiado pela crítica, por conta do modo como cruza as duas facetas de heroísmo de Reeve.

Intimista e calçado em vídeos domésticos inéditos, entre outros materiais de arquivo, o filme dirigido por Ian Bonhôte e Peter Ettedgui remonta o estrelato com o Superman, os filmes mais intelectualizados, o acidente ao cair de um cavalo e toda a saga posterior. 

SOULRA E BELA

O Som da Concha deste domingo, a partir das 18h, no Parque das Nações Unidas, com entrada franca, apresenta as cantoras Bela Rio e SoulRa com os shows “Bem Bolado” e “Do Interior”, respectivamente.

Bela nasceu em Rio Verde e vai se apresentar ao lado de Guilherme Cruz, com participação especial de Jerry Espíndola.

Ela incorpora elementos da MPB e a magia dos sons da natureza, especialmente das águas e das cachoeiras, que inspiram suas letras e canções.

No ano passado, a cantora lançou o seu primeiro EP. “Me perguntaram de onde vem tanta inspiração para fazer minhas músicas, e eu respondi: ‘Do mesmo lugar de onde eu venho, do interior’”.

Com essa afirmação, a rapper SoulRa, de Dourados, apresenta seu novo show autoral, que também dá nome ao seu primeiro álbum de carreira.

Ela promete “uma experiência musical urbana e eletrônica, marcada pela versatilidade que mescla samples de chamamé, afrobeat sul-africano [amapiano] e drill, com beats produzidos em parceria com engenheiros musicais de Mato Grosso do Sul”.

Os arranjos instrumentais são da trompetista Nicolly (SP) e do guitarrista Tom Alves (MS). Os arranjos vocais são da cantora Llez, conduzidos no show pela DJ Gabis.

As composições de SoulRa trazem a marca de seu cotidiano e intensidade como mulher negra, sul-mato-grossense, fronteiriça e periférica.

MADI

A sexta edição da Mostra de Arte Digital (Madi) oferece uma série de atividades gratuitas no Casarão Thomé (Rua 14 de Julho, nº 3.169, Centro), amanhã e domingo, das 9h às 21h. Idealizado e coordenado por Venise Melo, com a proposta de estimular as “contaminações” entre a pesquisa de linguagens, videoarte e a ocupação do espaço urbano, a mostra apresenta as produções de 22 artistas que dialogam com o grupo de Pesquisa Arte, Tecnologia e Sociedade da UFMS (música eletroacústica, video mapping, etc.).

Oficina de arte, audiovisual e direitos humanos; roda de conversa com Julian Vargas, Verônica Lindquist, Francielle Gadotti, Rafael Mareco, Luciana Ohira e Sérgio Bonilha; lançamento de livro “Do Branco da Parede ao Canto do Olho” (Verônica Lindquist); e performances ao vivo integram a Madi, que termina neste domingo, às 19h30min, com videomapping de Rafael Mareco e música eletrônica experimental de Vctor Verneki.

QUATRO LUAS

Hoje, às 19h, com ingressos gratuitos pelo Sympla, o Bando Coletivo de Teatro (PE) apresenta o espetáculo infantojuvenil “Quatro Luas”, com bonecos, atores reais e música ao vivo, sob a inspiração do universo do escritor espanhol Federico García Lorca.

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