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ANIMAIS DOMÉSTICOS Veterinário compartilha dicas para realizar uma viagem segura com os pets Veterinário compartilha dicas para deslocamento seguro com pets e destaca a importância do planejamento prévio e da avaliação da saúde dos bichos antes de incluí-los nos roteiros de férias e outras viagens 22 OUT 2024 • POR Da Redação • 10h00
Para viagens de carro, além da documentação sanitária, é necessário utilizar cinto de segurança adequado ou caixas de transporte, a fim de prevenir acidentes   fotos: DIVULGAÇÃO

O mês já avança pela segunda quinzena e não tarda a chegar as férias de verão. É natural que os tutores de cães e gatos já comecem a se preocupar sobre o que fazer com seus animais nesse período. Independentemente de o pet viajar ou não com a família, é fundamental fazer um planejamento para garantir o seu bem-estar e evitar surpresas desagradáveis que possam prejudicar a viagem.

O veterinário Bruno Alvarenga destaca questões para preservar a saúde dos bichos e descreve o passo a passo para viagens de carro e de avião, incluindo as normas para viagens internacionais. A primeira recomendação é definir se os animais viajarão ou se ficarão na cidade. Para aqueles que ficam, existem opções como hospedagem em hotéis para pets ou estabelecimentos veterinários, que geralmente exigem vacinas, vermifugação e controle de ectoparasitas atualizados.

Outra possibilidade é deixá-los na casa de conhecidos ou sob cuidado de parentes, amigos ou dos chamados pet sitters (acompanhantes).

“Caso os pets permaneçam na cidade, o mais adequado é ficar em casa, especialmente os animais que não requerem cuidados especiais e podem ficar sem supervisão contínua. O ambiente familiar, com o cheiro dos donos e suas marcações, oferece maior conforto”, recomenda Alvarenga, que também dá aulas em um curso superior de Medicina Veterinária.

O professor ressalta que todos os animais exigem cuidados diários e monitoramento, mesmo quando estão em casa.

“Não é suficiente disponibilizar água e comida com quantidades suficientes para os dias em que estarão ausentes. Além do acúmulo de excretas, não há como garantir que os itens permanecerão viáveis durante todo o período”, alerta.

Outro aspecto a se considerar é o temperamento do pet. O especialista recomenda que animais agitados sejam acomodados em hotéis com atividades, brincadeiras e exercícios diários. Já aqueles com doenças crônicas ou que demandam cuidados especiais podem se beneficiar ao ficar em clínicas ou hospitais veterinários.
Quem opta pelo transporte aéreo deve pesquisar as normas de transporte de animais de cada companhia antes de adquirir as passagens.

“Todas as empresas exigem a carteira de vacinação com a vacina antirrábica válida, uma caixa de transporte que permita que o animal gire 360° e atestado de saúde emitido por médico veterinário até 10 dias antes da viagem”, detalha.

Para famílias que viajam de carro, além da documentação sanitária, é necessário utilizar cinto de segurança adequado ou caixas de transporte, a fim de prevenir acidentes.

“Também é recomendado fazer paradas periódicas para oferecer água e permitir que os animais façam necessidades fisiológicas”, orienta o médico veterinário.

VIAGEM INTERNACIONAL

No caso de viagens internacionais, Alvarenga aconselha buscar informações sobre as normas sanitárias de entrada de animais no país de destino, que geralmente estão disponíveis nos sites das entidades responsáveis.

“Como destinos mais comuns entre os brasileiros, temos países da União Europeia e os Estados Unidos, que têm normas diferentes, resumidas no site do Ministério da Agricultura e Pecuária, no portal Gov”, destaca. Confira a seguir as dicas do médico veterinário.

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