Campo Grande fechou neste domingo (27) a corrida eleitoral para decidir a chefe do Executivo local, um dia de votação tranquilo com quatro ocorrências totais, que vão desde atendimentos médicos até caso de boca de urna e diretora detida.
Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que, a diretora de escola detida hoje (27) por desordem eleitoral, como bem abordou o Correio do Estado, seria o caso inicial e o mais destoante de uma realidade tranquila de dia de votação.
Cabe lembrar que esse caso foi registrado na Escola Estadual Clarinda Mendes, com a diretora detida com base no artigo 296 do Código Eleitoral, que prevê sanções para ações que perturbem o andamento das eleições.
O caso foi descrito da seguinte forma em boletim divulgado pela Sejusp:
"Diretora da escola estaria agindo fora das suas atribuições, causando desordem nos trabalhos eleitorais".
Demais ocorrências
Com a desordem sendo o primeiro registro (anotado por volta de 07h45), o restante do dia seguiu sem muito tumulto, com duas ocorrências de emergência pré-hospitalar registradas às 08h38 e 10h29.
O primeiro desses casos, um paciente cardiopata de 54 anos, relatou sensações de tontura sem conseguir se manter consciente e orientado durante o exercício de cidadania, enquanto votava na Escola Municipal Profª Brígida Ferraz na Capital.
Dali, ele foi levado até o Hospital El Kadri, sendo o segundo caso registrado pelo Corpo de Bombeiros Militar o de uma queda da própria altura, sendo a vítima uma mulher.
Após essa queda da própria altura, por volta de 10h29, a vítima sofreu um corte que gerou sangramento, sendo socorrida e levada por equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Em entrevista na sede do Tribunal Regional Eleitoral em Mato Grosso do Sul (TRE-MS), o ouvidor do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Renzo Siufi, destacou que um dia de votação tranquilo "demonstra uma maturidade política muito grande da população".
"Tínhamos um número bastante elevado de manifestações no primeiro turno, mas no segundo houve uma queda vertiginosa no número dos registros", expôs.
Ainda, ele comenta que uma das grandes preocupações em todo o território nacional para as eleições deste ano - as fake news - não tiveram grandes impactos regionalmente em Mato Grosso do Sul.
"Nós não registramos muitas ocorrências [de fake news], a maioria foi a compra de votos, mas com relação ao primeiro turno e mais circunstancial interior do Estado", complementa Siufi.
Por fim, a quarta ocorrência foi registrada pela Polícia Militar, em frente à escola Amando de Oliveira, sendo a pessoa enquadrada pela prática de boca de urna (conforme Art.39, § 5º, II-Lei n.º 9.504/1997).
Em frente à escola que fica localizada na Vila Piratininga, o autor teria parado com o seu veículo, portando bandeira e adesivo de candidata à eleição, sendo encaminhado por policiais militares até a Polícia Federal.