Logo Correio do Estado

eleições 2024 "Jamais vou desistir de Campo Grande", diz Rose após derrota nas urnas Candidata derrotada afirmou que aceita o resultado do eleitor e agradeceu os mais de 210 mil votos obtidos no segundo turno 27 OUT 2024 • POR Glaucea Vaccari e Alícia Miyashiro • 17h39
Rose Modesto fez pronunciamento após perder o segundo turno e disse que decisão do eleitor é soberana   Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Após o resultado das eleições de Campo Grande ser oficializado, Rose Modesto (União Brasil), que foi derrotada no segundo turno por Adriane Lopes (PP), declarou que continuará trabalhando pela Capital.

"A gente aceita o resultado do eleitor, que tem que ser e deve ser sempre soberano, mas uma coisa é certa, jamais vou desistir de Campo Grande", disse Rose, em seu primeiro pronunciamento após a apuração.

Com 100% das urnas apuradas, Adriane teve 51,45% dos votos válidos, contra 48,55% de Rose. Em números absolutos, foram 222.699 votos para Adriane e 210.112 votos para Rose, uma diferença de 12.587 votos entre elas.

Sobre o futuro, Rose Modesto disse que o primeiro projeto é descansar, após um longo período de campanha, mas que na sequência irá avaliar propostas de trabalho.

"O primeiro projeto ágora é descansar um pouco, recuperar a voz e aí a gente vai trabalhar, tenho convites para manter meu trabalho que vinha fazendo na Sudeco, tenho convites na iniciativa privada", disse.

Por fim, ela criticou as fake news geradas durante a campanha e agradeceu a todos os eleitores que deram um voto tanto no primeiro turno, quanto os que chegaram apenas segundo turno das eleições municipais.

"Toda luta vale a pena. Deus já me deu mais do que eu imaginava, e eu me sinto honrada de ter tido coragem de enfrentar máquinas e máquinas, mas gente sai dessa eleição com o sentimento de que valeu a pena ser a voz de mais de 210 mil campo-grandenses que queriam a mudança. A gente segue trabalhando por Campo Grande onde eu estiver", concluiu Rose Modesto.

Já Roberto Oshiro, candidato a vice de Rose, esclareceu que voltará aos cargos que possui como Coordenador de Articulação Política e Relações Governamentais na Confederação de Ações Comerciais  e como diretor secretário Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG).

"A gente está em uma batalha enorme lá no Senado Federal em relação à reforma tributária, às leis complementares, estamos tentando salvar ainda alguns direitos, lutando para que não haja aumento de carga tributária em vários setores, especialmente quem paga aluguel, que vai sofrer muito no ano que vem. Então vamos continuar nessa luta".

Oshiro também ressaltou que após a campanha política "ampliou o leque daquilo que acha que precisa lutar", como em pontos na saúde e educação.

"Eu acho que são pontos fundamentais, porque isso interfere também na economia. Quando a gente não tem um atendimento satisfatório para a população em saúde e educação, isso faz com que a economia também não desenvolva. Os colaboradores e todos os trabalhadores de comércio, indústria e serviços, eles não estão sendo bem atendidos, nesses quesitos, a economia não deslancha", concluiu.

Adriane é reeleita

Adriane Lopes (PP) foi reeleita prefeita de Campo Grande neste domingo (27), derrotando Rose Modesto (União Brasil) neste segundo turno das eleições. É a primeira vez que uma mulher é eleita prefeita por voto direto na Capital.

A vitória representou a manutenção da vantagem que a prefeita já tinha no primeiro turno, onde Adriane Lopes teve a maioria de votos, somando 31,67% dos votos válidos, contra 29,56% da candidata do União Brasil.

Apesar de já ocupar o cargo atualmente, Adriane Lopes é a primeira mulher eleita prefeita em Campo Grande. Isto porque o mandato atual da pepista foi "herdado" após a renúncia de Marquinhos Trad.

A Capital de Mato Grosso do Sul já teve duas prefeitas. Além de Adriane, Nely Bacha também ocupou o cargo nos anos 1980.

Nenhuma delas, porém, foi eleita pelo voto direto. Adriane Lopes foi vice na chapa de Marquinhos Trad (PSD), que renunciou em 2022 para candidatar-se a governador, pleito em que saiu derrotado. Na ocasião, ela assumiu o cargo.

Já Nelly Bacha foi vereadora e presidente da Câmara Municipal em 1983. Ela foi nomeada prefeita em março, após a exoneração do então prefeito Heráclito de Figueiredo, e ficou no cargo por dois meses.