Preso no último domingo (27) como o principal suspeito do crime, um homem, quase 30 anos mais novo que sua companheira idosa, confessou ter a estrangulado até a morte em Ponta Porã (MS).
Conforme divulgado pela Polícia Civil (PC), inicialmente, o criminoso teria tentado induzir a vizinha a acreditar que a idosa teria cometido um suicidio por enforcamento.
No entanto, o comportamento do homem e o local onde o corpo da idosa foi encontrado levantaram suspeitas, o que fez com que a vizinha desconfiasse e acionasse a equipe policial.
Durante a ocorrência, o investigador da polícia, o primeiro a chegar ao local, percebeu um comportamento agressivo no autor do crime, que se exaltou com os questionamentos do policial. Além disso, o criminoso também possuía arranhões no rosto.
A morte da idosa também foi constatada pela equipe do Corpo de Bombeiros, que encontrou a senhora de 67 anos sem sinais vitais.
Relatos dos bombeiros, que presenciaram a cena do crime, indicam que a vítima já estava com o corpo em estado de rigidez cadavérica, o que aponta para uma morte cerca de seis horas antes da chegada da equipe no local.
Após ser encaminhado a delegacia, o homem foi interrogado pela polícia. Contudo, somente após ser devidamente informado de seus direitos, o suspeito confessou o crime, relatando que a discussão entre o casal evoluiu para um ato de violência durante a madrugada.
Ele alegou ter consumido bebida alcoólica antes do crime e que os arranhões em seu rosto foram causados pela tentativa da vítima de se defender do ataque. No entanto, o estrangulamento só parou quando a idosa parou de se mexer. Após entragular a vítima, o homem afirmou ter virado de lado e continuado a dormir.
De manhã, ao perceber que ela estava morta, simulou uma busca por ajuda entre os vizinhos. O autor foi preso em flagrante e o crime foi enquadrado como feminicídio.
Histórico
Importante frisar que, pela atualização de legislação publicada no último dia 10 de outubro em Diário Oficial da União, o indivíduo que a partir de então for enquadrado pelo crime de feminicídio fica sujeito a uma pena aumentada que varia, agora, entre 20 até 40 anos de reclusão.
Dados estatísticos da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram que, antes da morte dessa idosa de 67 anos, Mato Grosso do Sul já atingia a marca de 25 feminicídio
*Colaborou Leo Ribeiro