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MATO GROSSO DO SUL PM condenado há 3 décadas é encontrado morto em presídio de Campo Grande Lúcio Roberto Queiroz Silva cumpria regime fechado na cela 12 do presídio militar, após tirar a vida de sua ex-esposa e suposto amante há cerca de cinco anos no interior do Estado 4 NOV 2024 • POR Leo Ribeiro • 09h45
Lúcio (ao centro) respondia pelas mortes de Fernando e Regianni, crime registrado em 2019 em Paranaíba   Reprodução/Internet

Menos de dois anos após receber sua condenação quando era policial militar ambiental, pelas mortes da ex-esposa, Regianni Rodrigues de Araújo e Fernando Enrique Freitas, Lúcio Roberto Queiroz Silva foi encontrado morto na própria cela no fim da tarde de ontem Campo Grande. 

Lúcio recebeu sua condenação - de 32 anos e oito meses de prisão - na cela 12 do presídio que fica localizado no Jardim Noroeste em Campo Grande, distante cerca de 407 km do município onde nasceu e deixou sua vida e de outras famílias marcadas. 

Conforme boletim de ocorrência, o fato recente aconteceu entre 15h50 e 17h da tarde de ontem (03), sendo o Coronel da Polícia Militar, Marcos, sendo notificado da morte do PM pela policial com quem Lúcio atualmente mantinha relacionamento. 

É descrito no b.o que a tenente da PM, Beatriz Ramos Pedroso, realizou uma vídeo chamada com o detento, posteriormente informando o potencial perigo de marcos atentasse contra a própria vida. 

Equipes de plantão e policiais investigadores, bem como perito criminal plantonista estiveram no local para os levantamentos, constatando o cordão vermelho usado por Lúcio para amarrar o próprio corpo junto à beliche na qual dormia. 

Relembre

Em cinco de outubro de 2019, Regianni Rodrigues de Araújo e Fernando Enrique Freitas eram mortos a tiros no município de Paranaíba, envolvidos em conversas sobre suposto caso extraconjugal. 

Como bem acompanhou o Correio do Estado à época, a esposa de Fernando é quem teria contado ao policial sobre o suposo caso, enviando trechos de conversa entre os dois, levantando assim a ira de Lúcio. 

Ao receber as capturas de tela de conversas entra sua esposa e Fernando, que trabalhava como corretor, o policial primeiro buscou confrontar Regianni, sem encontrar em seu celular qualquer prova que confirmassem suas suspeitas. 

Armado, ele foi até a casa da sogra de Fernando, sendo recebido por ela; pela esposa do corretor e uma criança, que acabaram permitindo a entrada do policial na residência. 

Encontrado dormindo no sofá, Fernando foi acordado com chute por parte de Lúcio, que passou a questionar a respeito das mensagens e pedindo o desbloqueio do aparelho telefônico do corretor. 

Foi quando se levantou que a vítima foi baleada pela primeira vez, sendo atingida novamente ao tentar correr e não resistindo aos ferimentos. 

Já na casa de seus pais, onde sua então esposa estava, Lúcio chegou a entrar em confronto com o próprio pai, que tentou desarmá-lo, porém sem sucesso, com Regianni sendo atingida por três disparos e o filho do casal, que estava no cômodo ao lado, ouvindo o primeiro e vendo o restante da cena de sua mãe sendo morta. 

Fugindo do local após as mortes, Lúcio, que é natural de Paranaíba, passou a se esconder em uma propriedade rural do município, se entregando por volta de 17h do dia oito de outubro daquele ano, três dias após o crime. 
 

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