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Sob nova direção Em meio a disputa judicial, Estapar assume estacionamento do aeroporto de Campo Grande Gigante da administração de estacionamentos no Brasil promete reformas no estacionamento do Aeroporto Internacional de Campo Grande 4 NOV 2024 • POR Eduardo Miranda • 15h43
O estacionamento do Aeroporto Internacional de Campo Grande está sob nova direção   Gerson Oliveira

Em meio a disputa judicial que culminou em ordem de despejo com força policial da empresa GJ de Souza Júnior Serviços - ME, que opera o estacionamento do Aeroporto Internacional de Campo Grande desde 2020, a Aena Brasil, nova administradora do aeroporto da capital de Mato Grosso do Sul, anunciou a Estapar como nova parceira na gestão do estacionamento. 

Conforme divulgado pela Aena, desde a semana passada o espaço já está administrado pela Estapar, uma das maiores gestoras de estacionamentos do Brasil. 

“O estacionamento do Aeroporto de Campo Grande receberá investimentos para aumentar a comodidade e segurança dos usuários, com a criação de 50 vagas cobertas para carros e motos, além de uma área dedicada exclusivamente a caminhonetes, com vagas maiores para esse tipo de veículo”, informou a Aena Brasil em nota à imprensa.

A Estapar, atualmente, é a maior gestora de estacionamentos do Brasil

Melhorias

A concessionária também prevê a instalação de equipamentos de controle automatizado, novas câmeras de monitoramento, câmeras que farão a leitura das placas dos automóveis, além de estações de pagamento automático e via aplicativo. 

“Está programada, ainda, a reforma da estrutura de sinalização horizontal, piso, iluminação e cercamento do estacionamento. A previsão é que os serviços sejam concluídos até meados de 2025”, informou a concessionária.

A estatal espanhola que também é a maior administradora de aeroportos do Brasil ainda informou que a Estapar também implementará o agendamento online do estacionamento. 

“A Aena está focada em melhorar a experiência do passageiro que utiliza o Aeroporto de Campo Grande, desde o momento da chegada até o embarque para o voo. Nos próximos meses, haverá muitas outras novidades para os nossos clientes na capital sul-mato-grossense”, afirma Juan Jose Sanchez Guinoza, diretor comercial da Aena.

“Levaremos para o estacionamento do Aeroporto de Campo Grande toda a tecnologia e infraestrutura que já oferecemos nos demais aeroportos onde a Estapar está presente. Isso garante ao passageiro mais tranquilidade sobre onde deixar seu carro enquanto faz uma viagem de lazer ou a trabalho. É uma melhor experiência de atendimento ao cliente”, destaca Murillo Cerqueira, vice-presidente Comercial e de Operações da Estapar.

A disputa

A Aena Brasil e a GJ de Souza Júnior Serviços - ME travam, desde o início deste ano, uma disputa por um dos espaços mais nobres do Aeroporto Internacional de Campo Grande: o estacionamento localizado em frente ao terminal de embarque.

A concessionária, estatal espanhola que passou a ser responsável pela gestão do aeroporto da capital de Mato Grosso do Sul em 2023, tem em mãos uma liminar concedida no mês passado para que a empresa que ocupa o estacionamento desde 2020 seja despejada.

Desde o dia 23 de outubro, obteve autorização do juiz Thiago Nagasawa Tanaka para realizar o despejo à força, com reforço policial e ordem de arrombamento, da empresa que administra o estacionamento.

A concessionária do aeroporto alega que o permissionário do estacionamento deve mais de R$ 2,1 milhões, montante que corresponde às outorgas em atraso (a maioria nunca foi paga) e ao percentual de 40% sobre o faturamento que deveria ter sido repassado à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e, agora, à Aena.

Por outro lado, a empresa que administra o estacionamento em frente ao terminal de embarque e desembarque do Aeroporto Internacional de Campo Grande recorre a uma ação revisional, em que solicita a revisão do contrato de concessão firmado com a Infraero em 2020, alegando que ele foi praticamente descumprido.

A empresa também afirma que, mesmo após mais de quatro anos da chegada do novo coronavírus, ainda sofre os impactos da pandemia.

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