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Economia Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro com a melhor taxa de investimentos Segundo a pesquisa realizada pelo Centro de Liderança Pública, MS tem uma gestão fiscal responsável, mantendo gastos com pessoas sob controle 4 NOV 2024 • POR João Gabriel Vilalba • 18h30
MS é o estado que vem mais rescendo no país, nos últimos meses.   Fotos: Álvaro Rezende

O Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), destaca Mato Grosso do Sul como o estado com a melhor taxa de investimento do país.

O indicador de investimento público, divulgado na tarde desta segunda-feira (4), está relacionado à Solidez Fiscal. A pesquisa revela que o estado de Mato Grosso do Sul apresenta uma gestão fiscal responsável, mantendo os gastos com pessoal sob controle. Dessa forma, é possível continuar investindo em áreas estratégicas para aumentar a produtividade e promover o crescimento econômico.

Além de Mato Grosso do Sul, outras nove capitais brasileiras que tiveram destaque são: 

1º Mato Grosso do Sul 
2º Espírito Santo 
3º Mato Grosso 
4º Pará
5º Bahia
6º Alagoas 
7º Piauí 
8º Paraíba 
9º Ceará 
10º  Maranhão 

De acordo com o ranking realizado pelo Centro de Liderança Pública, fazem parte do levantamento a Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

MS registra expansão de investimentos nas indústrias de soja e cana

Mato Grosso do Sul superou o título de Celeiro do Agro, ao aumentar a produção de industrializados, e tem se consolidado como Vale da Celulose, pelo aumento considerável na produção da fibra de eucalipto e por abrigar a maior planta de celulose do mundo. Para além da produção de celulose, o Estado também desponta com novos investimentos em soja e milho processados e aumento da capacidade de armazenagem. 

Na semana passada, o governo do Estado anunciou duas ampliações que trazem investimentos de quase R$ 2 bilhões para os próximos anos, sendo R$ 1,3 bilhão para ampliar e modernizar a produção da Raízen, em Caarapó, e outros R$ 500 milhões na ampliação da fábrica da Coamo, em Dourados, e na construção de três novos armazéns. 

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, o governador Eduardo Riedel (PSDB) e sua equipe estiveram em Londres, na semana passada, para o Lide Brazil Conference, evento para apresentar as possibilidades de investimentos em Mato Grosso do Sul. 

Durante a apresentação, Riedel recebeu a confirmação do investimento de R$ 1,3 bilhão para ampliar e modernizar a produção da usina da Raízen em Caarapó, no sul do Estado.

Parte do grupo Cosan, conglomerado brasileiro com negócios nas áreas de açúcar, álcool, energia, lubrificantes e logística, a Raízen vai investir na produção do chamado etanol de segunda geração, biocombustível avançado feito a partir dos resíduos do processo de fabricação do etanol comum, chamado etanol de primeira geração.


COAMO
O governo do Estado anunciou também que a Coamo vai investir R$ 500 milhões em Mato Grosso do Sul, volume financeiro que será usado na expansão da sua unidade de processamento de soja em Dourados e na construção de mais três armazéns nas cidades de Sidrolândia, Amambai e Dourados.

Conforme a gestão estadual, os novos investimentos vão gerar mais empregos e renda no Estado, cenário que faz parte do processo de industrialização, com agregação de valor à produção local, linha estratégica da gestão estadual. Além disso, a iniciativa melhorará a capacidade de armazenagem dentro do Estado e fortalecerá o cooperativismo.

A direção da Coamo se reuniu, na sexta-feira, com o governador Eduardo Riedel e, além de anunciar os novos investimentos, pediu ao Estado algumas obras de infraestrutura para facilitar logística e acesso. Com a parceria firmada, esses novos investimentos deverão ser feitos a partir de 2025.

O titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, afirmou que a ampliação da fábrica da Coamo, em Dourados, terá um investimento de mais de R$ 200 milhões. A planta, que tem capacidade de processamento de 3 mil toneladas por dia de soja, vai passar para 4 mil toneladas ao dia após a ampliação.

Já os novos armazéns, que serão construídos em Sidrolândia, Amambai e Dourados, tem previsão de investimento de R$ 80 milhões em cada um.


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