Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de boca apresenta maior incidência entre homens. Em Mato Grosso do Sul, esse grupo ocupa a sexta colocação no país em termos de incidência da doença.
Enquanto o público feminino ocupa a 14ª posição, o que corresponde a 3,66 por 100 mil habitantes. Já os homens são 8,82 por 100 mil habitantes.
Dia D
Somente em Campo Grande, de acordo com dados do INCA, a estimativa é de cerca de 1.700 casos anuais. Para combater o cenário, nesta quarta-feira (06), o município lançou o Dia D do combate ao câncer de boca.
Três unidades de saúde ofereceram testes rápidos em colaboração com acadêmicos de odontologia da Universidade Anhanguera (Uniderp) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Durante a manhã de hoje, foram atendidos cerca de 102 pacientes nas seguintes unidades de saúde da Capital:
- Clínica da Família Nova Lima;
- USF Batistão;
- USF Moreninhas.
A Sesau apontou que 16 pacientes apresentaram lesões suspeitas. Com isso, serão encaminhados a um Centro de Especialidade Odontológica (CEO) para fazer a biópsia.
Os pacientes que desejam passar por exames podem ir a qualquer uma das 74 unidades de saúde da Capital que ofereçam atendimento nesse sentido.
A recomendação da Sesau é que o paciente procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima e agende uma consulta. Muito embora sejam desenvolvidas estratégias, o diagnóstico acaba ocorrendo em casos avançados da doença, o que termina por dificultar o tratamento.
A semana de prevenção foi estabelecida por meio da lei federal (13.230 de 2015) de Combate ao Câncer de Boca na primeira semana de novembro.
O município realiza a ação em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, Universidades e o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso do Sul.
Fatores de risco
A principal causa do câncer de boca está nos seguintes fatores:
- consumo de álcool;
- exposição ao sol sem proteção;
- tabagismo;
- dieta pobre em frutas e vegetais.
A responsável pela Rede de Atenção Odontológica da SESAU, Christiane Saliba, apontou que o número de casos da doença entre pessoas que fazem uso do cigarro é três vezes maior do que entre os não fumantes.
“É importante que o paciente, ao notar qualquer anormalidade na boca, como uma ferida que persiste por mais de 15 dias, manchas vermelhas ou esbranquiçadas, ou nódulos nas bochechas e no pescoço, busque atendimento. Esses podem ser sinais iniciais de câncer na cavidade oral”, disse Christiane.