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Abaixo da média Associação indica déficit de 41 leitos de UTI neonatal em MS Em 17 estados, a quantidade de leitos é inferior ao recomendado 20 NOV 2024 • POR Alison Silva • 15h30
Estado conta com déficit de 41 leitos de UTI neonatal   Foto: Bruno Henrique / Correio do Estado

A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib)  destacou um déficit de 41 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal em Mato Grosso do Sul. O levantamento aponta que, em 17 estados, a quantidade de leitos neonatais é inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quatro leitos a cada 1 mil nascidos vivos, mesmo somando os leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede suplementar.

Nestas unidades da federação, seria necessário um aumento de cerca de 1.500 leitos adicionais para atingir a meta de cobertura mínima recomendada. Os únicos estados que contam com a recomendação mínima indicada são: Amapá, Rondônia, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

Conforme o levantamento divulgado nesta semana, o Estado conta com 62 leitos ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS), outros 57 oferecidos pelo sistema suplementar. Em média, o número de leitos ofertados entre SUS e rede privada em Mato Grosso do Sul é de 2,96 a cada 1 mil nascidos vivos e cai para 1,54 leitos se considerarmos apenas a rede pública de saúde.

Apesar de a média nacional estar ligeiramente acima do preconizado, com 4,06 leitos por 1 mil nascidos vivos, considerando tanto a rede pública quanto a privada, se avaliados apenas os leitos disponíveis no SUS, a média cai para 2,03 leitos.

“Em nenhum estado brasileiro, as condições das UTI atendem os parâmetros ideais, no que se refere aos leitos do SUS. Além de revelar uma dependência do setor privado, o levantamento mostrou a desigualdade na distribuição geográfica dos leitos”, destacou a intensivista em nota.

Pelos números apurados, os estados que têm piores indicadores leitos em relação aos bebês nascidos vivos são Acre, Amazonas, Roraima e Maranhão. Em todos eles, a proporção é inferior a 2 leitos por mil nascidos vivos, ou seja, metade da média nacional. Neste cálculo foram considerados os serviços públicos e privados.

Avaliando-se apenas a performance do setor público (ou seja, os leitos de UTI neonatal disponíveis para o SUS), o quadro é ainda pior: nenhum estado alcança o parâmetro recomendado pelos especialistas e somente 11 estados superam ou igualam a média nacional.

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