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Tentativa de Golpe General de MS que discutiu prisão de Alexandre de Moraes está entre os indiciados pela PF O general reformado prestou depoimento a PF, em fevereiro deste ano, para falar de seu papel, em um grupo seleto que teria discutido a prisão do ministro 21 NOV 2024 • POR Laura Brasil • 16h46
  Divulgação Redes Sociais

O general da reserva Laércio Virgílio, de 70 anos, está entre os indiciados pela Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (21) por golpe de Estado. Na lista l constam outros 37 nomes, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, no dia 22 de fevereiro de 2024, prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF) após ter sido alvo da operação Tempus Veritatis.

Em frente a sede da Polícia Federal de Campo Grande, Virgílio chegou a conceder entrevistas e disse que estava doente em tratamento, como também negou qualquer participação na intentona golpista que corria pelos bastidores por parte de um núcleo de militares após Lula (PT) ter vencido as eleições presidenciais de 2022.

Os agentes da PF, na ocasião, realizaram batida contra militares e políticos do entorno do ex-presidente Bolsonaro que, conforme apontado pela investigação da Polícia Federal, atuaram em diversos âmbitos a articular o golpe. 

Também tiveram que depor à Polícia Federal, nesta ocasião, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Alta Patente”

O nome do general, Laércio Virgílio, segundo a investigação, teria ligação com um grupo denominado como Alta Patente que levaria o ministro do Superior Tribunal Federal Alexandre de Moraes à prisão em Goiás.

"O General VIRGÍLIO sabia que o Ministro estaria em sua residência em São Paulo no dia 18/12/2022, para o cumprimento de uma eventual ordem ilegal de prisão, em decorrência de golpe de Estado", aponta a investigação.

Além de Virgílio, os citados na investigação por fazer parte da  "Alta Patente" são os ex-ministros Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, Mário Fernandes e o único representante da marinha, o ex-almirante Almir Garnier.

"A representação ainda se reporta a outros militares que também teriam
encampado o ideal golpista, como se denota de mensagens trocadas entre os investigados LAÉRCIO VIRGÍLIO (General-de-Brigada reformado) e AILTON GONÇALVES MORAES BARROS"

“cronologia dos atos a serem praticados, descritos pelo GENERAL VIRGÍLIO se coaduna com os elementos de provas colhidos, demonstrando que os investigados estavam executando atos para consumar um Golpe de Estado no Brasil, no sentido de manter JAIR BOLSONARO no poder”.

Mensagens com teor golpista

A quebra de sigilo telemático das investigações relacionadas a tentativa de golpe de Estado, apontam que o general da Reserva Laércio Vergílio, trocou mensagens com o militar reformado Ailton Gonçalves de Moraes Barros, cujo teor variava entre "momento de tomada de decisão" e inclusive áudios em que mencionou a uma eventual prisão do Ministro Alexandre de Moraes.

Em outro áudio chegou a traçar a linha de ação para o golpe pedindo que Ailton passasse o áudio para o "Zero Uno" (apelido usado para se referir ao presidente Bolsonaro)

Veja o nome dos 37 indiciados

Os indiciados vão responder por ebulição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

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