‘Rival’ de Musk que Lula arrumou não tem internet
Para concorrer no Brasil com a Starlink, empresa de Elon Musk de acesso à internet de alta velocidade via satélite, o governo Lula arrumou acordo com suposta “rival” chinesa chamada SpaceSail. Mas é tudo fake: a chinesa nem sequer dispõe de serviço de internet. Não tem nem site na internet. Para piorar, a SpaceSail não é empresa, é só projeto da China Great Wall Industry Corporation, “organização comercial” autorizada pelo governo chinês a oferecer o serviço que ainda não disponibiliza.
Sem comparação
A Starlink tem 7.062 satélites, mais da metade de todos os satélites existentes na órbita na Terra. O SpaceSail tem apenas 36.
Apurar é preciso
SpaceSail é “rival” de Musk só em manchetes brasileiras. Não é páreo para a Starlink, que opera com 250 mil clientes só no Brasil.
Tudo do governo
A CGWIC é subsidiária da China Aerospace Science and Technology Corporation, estatal que constrói os foguetes chineses.
Concorrência desleal
O SpaceSail começou testes em agosto, com 18 satélites, e outros 18 lançados em outubro. Internet talvez em 2026 ou 2027.
Sobrou para Lewandowski explicar jogada no Cade
Deputados do partido Novo notificaram o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a explicar a exótica decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), cujo chefe Alexandre Barreto, a pedido da J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista, proibiu a empresa Paper Excellence de exercer os direitos de sócios da Eldorado Celulose. É mais uma jogada dos Batista, após derrotas na Justiça e em tribunais arbitrais, brigando para não entregar o controle da empresa vendida a Paper.
Todo cuidado é pouco
Conhecendo a reputação dos beneficiados, que andaram presos como corruptores, os deputados suspeitam de qualquer favor oficial à dupla.
Lorota oficializada
A Paper sequer atua no Brasil, mas o burocrata do Cade alegou, como quis a J&F, que a empresa pode “causar prejuízos” à concorrência.
Instrumentalização
Barreto foi indicado ao cargo pelo presidente do TCU, Bruno Dantas, genro do dono de empresa de eventos parceira dos irmãos Batista.
Crime e castigo
O Ministério Público do DF denunciou o dirigente petista Wilmar Lacerda, preso em 24 de outubro passado, por fazer sexo com menores. Segundo a denúncia, meninas de 12 ou 13 anos estão entre as vitimas.
Reino da hipocrisia
Os petistas dizem respeitar mulheres, mas na ONU, esta semana, negou apoio a resolução (aprovada) contra perseguição e matança de mulheres no Irã. Preferiu se unir a ditaduras reais ou disfarçadas para passar pano.
Boicote ao Carrefour
O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) sugeriu ao agro não fornecer carne para o Carrefour e Atacadão venderem no Brasil, como resposta à demagogia francesa. Para fazer média com os ineficientes produtores da França, a rede anunciou boicote à carne do Brasil e Mercosul.
Voto auditável
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Carol De Toni (PL-SC) convocou para quinta (28), às 10h, audiência pública sobre voto impresso, que desmascarou a fraude eleitoral na Venezuela.
Norte e Sul
Dois estados brasileiros registraram alta na taxa de trabalhadores na informalidade, comparando o último trimestre com o mesmo período de 2023: Roraima (alta de 3,6%) e Rio Grande do Sul (1,4%).
A língua de Malddad
Marca R$2 bilhões ao ano na calculadora de Fernando Haddad (Fazenda) o que o ministro espera economizar com o arrocho que sobrou para os militares. Malddad chama de “ajuste fiscal”, mas é corte mesmo.
Barraco
Uma publicação do juiz Marcelo Bretas causou um barraco entre o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) e o senador Sérgio Moro (União-PR). No meio da baixaria, insultos como “lixo” e “delinquente”.
Cadê a vacina?
Enquanto o Ministério da Saúde insiste em dizer que há vacinas suficientes, 11 estados registram falta de algum imunizante: AL, MG, MS, MT, PB, PE, PI, RS, SC, SE e TO.
Pensando bem...
...empresa de internet sem internet não precisa importar da China.
PODER SEM PUDOR
O deputado que falava japonês
Deputado estadual do PTB de Minas, Saulo Diniz queria abrir a Usiminas a investidores japoneses. O governador Bias Fortes condicionou seu apoio à ida de uma delegação japonesa a Minas. No dia da audiência, Saulo Diniz traduzia a conversa dos japoneses. Bias ficou admirado: “Sabia de suas qualidades, mas não imaginava que falasse japonês...”
Não falava. Ele juntou três japoneses no cinturão verde de Belo Horizonte, vestiu-os de paletó e gravata e levou-os à audiência. Mas manteve a pose: “Meu irmão comunista, muito culto, sabe idiomas e me ensinou alguns...”