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Tentativa de golpe Golpe de Estado fracassou por falta de apoio militar, revela investigação da PF Além do Exército, a Aeronáutica também se recusou a participar da tentativa de golpe 26 NOV 2024 • POR Da Redação • 21h00
Palácio do Governo   Antônjo Cruz/ Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) concluiu que o plano de golpe de Estado articulado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados não se concretizou devido à falta de apoio do Exército. O relatório, que indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas por tentativa de golpe, teve seu sigilo removido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a investigação, o golpe estava previsto para 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Nessa data, Bolsonaro se reuniu no Palácio da Alvorada com figuras-chave, incluindo o então ministro da Justiça, Anderson Torres, e os generais da reserva Braga Netto e Mario Fernandes.

A PF afirma que uma operação clandestina para prender o ministro Alexandre de Moraes estava em andamento no mesmo dia. No entanto, o plano foi abortado quando os conspiradores souberam que não teriam o apoio das tropas comandadas pelo general Freire Gomes.

"Apesar de todas as pressões realizadas, o general Freire Gomes e a maioria do alto comando do Exército mantiveram a posição institucional, não aderindo ao golpe de Estado", declara o relatório da PF.

A investigação também revelou que, além do Exército, a Aeronáutica se recusou a participar da tentativa de golpe. Por outro lado, o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio, teriam aderido ao plano.

O fracasso do golpe está diretamente ligado à falta de confiança do grupo em avançar sem o apoio militar necessário. Isso teria impedido Bolsonaro de assinar a minuta golpista encontrada durante as investigações.

Este episódio ocorreu em um contexto de tensão política, com tentativas de invasão à sede da Polícia Federal em Brasília e incêndios em ônibus nas proximidades, horas após a diplomação de Lula e Alckmin pelo Tribunal Superior Eleitoral.

A revelação desses detalhes pela Polícia Federal lança nova luz sobre os eventos que se seguiram às eleições de 2022, demonstrando a importância da postura institucional das Forças Armadas na manutenção da democracia brasileira.

*Com informações de Agência Brasil

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