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ARTIGOS O que esperar do varejo em 2025? 5 DEZ 2024 • POR Erlon Labatut - Especialista em varejo e consultor de franquias credenciado pelo Sebrae • 07h45
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Apesar da queda registrada em setembro, o setor varejista brasileiro voltou a crescer novamente em outubro (2,5%). No acumulado do ano, o segmento obteve um crescimento expressivo de 4,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados refletem um cenário econômico favorável e nos faz questionar: o que podemos esperar do varejo em 2025?

Em relação à economia, o principal fator que contribuiu para essa melhora do mercado foi o aumento das linhas de crédito, que, consequentemente, melhoraram o poder de compra da população. Outro ponto importante foi a queda nas taxas de juros, promovida pelo Banco Central e pelo governo federal. Porém, para o ano que vem, o aumento da inflação promete ser o principal inimigo do mercado e do consumidor.

Falando de tendências, não deu outra: o uso de inteligência artificial (IA) e do Big Data foi fundamental para impulsionar o setor. Em 2025, esse movimento deve se intensificar ainda mais, com destaque para os canais omnichannel, que integram as lojas físicas e digitais. Isso se deve principalmente pela mudança de hábito do consumidor, que tende a priorizar a praticidade e o imediatismo do on-line.

No caso dos setores, pudemos observar uma melhora no ramo de moda e vestuário, impulsionado pela retomada de eventos e pela volta ao trabalho presencial. A área de beleza e cuidados pessoais também se deu bem, aproveitando-se das redes sociais. Para o ano que vem, além desses, a principal aposta é no segmento de tecnologia, que continua sua ascensão no Brasil e no mundo. 

Com a retomada do crescimento após crises econômicas e feridas da pandemia, as perspectivas para o varejo brasileiro em 2025 são excelentes. A tecnologia deve continuar sendo a principal responsável por esse impulsionamento, enquanto questões sociopolíticas e a inflação vão se mostrar desafios, testando o poder de adaptação e resiliência do mercado.