Durante as férias escolares, o bom relacionamento entre pais separados é fundamental para que o período de descanso e lazer dos filhos seja o mais prazeroso possível para toda a família, o que exige planejamento e diálogo entre as partes, principalmente para aproveitar as festas de final de ano.
A divisão do tempo entre os responsáveis deve ser feita em comum acordo, preservando uma boa comunicação que priorize sempre o bem-estar da criança e do adolescente, a fim de evitar conflitos que façam das datas comemorativas um momento de desunião familiar, que possa até mesmo gerar em problemas na Justiça.
Para entender com mais clareza sobre os desafios e as soluções que essa época do ano representa para filhos de pais separados, conversamos com o advogado especialista em Direito de Família e Sucessões, Dr. Daniel Oliveira, que orienta como os responsáveis podem agir para que as festas de final de ano sejam realizadas em perfeita harmonia.
“Em todos os casos, é possível chegar em um consenso por meio de negociações informais. Quando não existe uma boa comunicação entre o ex-casal, é possível estabelecer um acordo formalizado judicialmente, podendo ainda inserir as cláusulas de visitas durante estes períodos no acordo de divórcio, assim, evitando conflitos futuros”, pontua o advogado.
Divisão do tempo nas férias escolares
Divisão equitativa: quando a divisão das férias escolares é feita de maneira igual entre os pais.
Distribuição proporcional: e algumas situações, pode ser mais adequado que as férias sejam distribuídas proporcionalmente ao tempo que os filhos passam com cada responsável ao longo do ano.
Planejamento antecipado: férias escolares podem exigir um planejamento antecipado para evitar conflitos, por isso, definir as datas com antecedência e manter uma comunicação aberta entre os pais é fundamental.
Divisão do tempo nas festas de final de ano
Alternância: em muitas situações, as festas de final de ano, como Natal e Ano Novo são alternadas. Por exemplo, uma criança pode passar o Natal com um pai e o Ano Novo com o outro, alternando a cada ano.
Compartilhamento: alguns pais optam por dividir o tempo em datas especiais, com as crianças passando parte do dia com um pai e a outra parte com o outro, de forma a permitir que ambos os pais participem das celebrações.
Acordo prévio: o ideal é que os pais cheguem a um acordo sobre como dividir as festas, levando em consideração as necessidades das crianças e a possibilidade de celebrar com ambos os pais.
Desafios e soluções para uma convivência harmônica
- Planejamento antecipado e comunicação clara entre as partes.
- Divisão equilibrada de datas festivas.
- Importância de formalizar judicialmente todas as decisões e acordos realizados em relação às férias ou visitas nas festas de final de ano.
- Caso necessário, procurar apoio psicológico ou mediação familiar.
- Facilitar sempre o contato, como chamadas de vídeo, para que o vínculo com o outro pai seja mantido.
- Flexibilidade entre os pais são essenciais para que a divisão do tempo seja feita de forma tranquila.
“Cada caso é único, caso aquela conversa amigável esteja difícil, um bom advogado interessado na resolução de conflitos pode ajudar o casal a mediar a construção de um bom acordo neste período”, finaliza o Dr. Daniel Oliveira, especialista em Direito de Família e Sucessões.