Os custos da alimentação e bebidas elevaram a inflação de Campo Grande para 0,63% em novembro último, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A Capital apresentou o segundo maior aumento percentual entre as capitais do país no último mês, atrás apenas do Acre, que apresentou alta de 0,93% no período. Conforme os números, o preço da carne foi o principal 'vilão' do período.
Entre os maiores aumentos (11,02%), destaque para os seguintes cortes: pá/paleta (10,64%), acém (11,54%), lagarto comum (11,70%) e costela (15,83%).
“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressaltou o gerente do IPCA e INPC, André Almeida. No ano, o IPCA no Brasil acumula alta de 4,29%.
Em Campo Grande, altas também foram observadas nas hortaliças e verduras (7,23%), com destaque para alface (9,57%), mandioca (6,04%) e tomate (5,34%). Subiu também o óleo de soja (7,99%). Já no lado das quedas, destacam-se a banana d’agua/nanica (-15,08%) e cebola (-6,22%).
A alimentação fora do domicílio apresentou alta de (1,07%) em novembro. Os subitens outras bebidas alcoólicas (1,76%), refeição (1,42%) e cerveja (0,76%) foram os destaques entre os aumentos. Não houve quedas neste subgrupo.
A maior variação veio do subitem passagem aérea (15,34%) e o maior impacto veio do automóvel novo (2,77% de aumento). O preço do etanol e da gasolina aumentaram em 0,27% e 0,06% respectivamente, porém, o primeiro tem acúmulo de aumento de 16,59% no ano e o segundo, 8,88%. No ano, o IPCA acumula alta de 4,61%.
Em novembro de 2023, a variação havia sido de 0,47%. A inflação do país foi de 0,39% em novembro de 2024, queda de 0,17 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (0,56%). A segunda maior variação foi do grupo despesas pessoais, com 0,96%.
Em Campo Grande, o grupo Habitação (-0,78%) teve o resultado impactado pelo subitem energia elétrica residencial (-3,20%), que teve queda com a vigência da bandeira tarifária amarela a partir de 1º de novembro, que acrescentou valores menores que a bandeira anterior (R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos). Com a queda, o número de novembro fica 5,25 p.p. inferior ao de outubro (2,05%)."
Confira outras variações do período