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Saúde Pública Paciente denuncia falta de insulina em posto de saúde em Campo Grande Com diabetes do tipo 2, o campo-grandense procurou a medicação em nove unidades de saúde e alegou que a resposta em todos os locais foi a mesma: estão sem a medicação 13 DEZ 2024 • POR Laura Brasil • 18h15
  Paulo Ribas / Correio do Estado / Aquivo

O consultor de vendas de veículos, Renato Nakamura, de 49 anos, que faz tratamento para diabetes do tipo 2, relatou que procurou a medicação (insulina regular) em mais de uma unidade de saúde, como no Centro Especializado Municipal (CEM), e não encontrou.

Segundo Renato, ele procurou o medicamento na Unidade de Saúde Família Aero Rancho, Caiçara, Vila Moreninha III, 26 de Agosto, São Francisco, Nova Bahia, Coophavila II, CEM e ao Posto de Saúde Estrela do Sul. Em todas essas unidades, de acordo com ele, a medicação está em falta.

“Eu faço tratamento de diabetes tipo 2, pois meu organismo não produz mais insulina. Eu tomo dois tipos de insulina, a regular e a NPH. A regular está em falta desde o mês passado”, explicou Renato.

O consultor de vendas explicou que o Sistema Único de Saúde (SUS) até possui a insulina da caneta. No entanto, essa é liberada apenas para pacientes idosos.

“Acabei ficando sem insulina. Eu rodei a cidade de Campo Grande inteira, todos os postos, e não tem. Também na Farmácia Popular está em falta.”

O que preocupa Renato é que ele foi informado de que não há previsão para a medicação ser reposta nas farmácias do SUS e na rede de saúde pública responsável pela distribuição.

“Não vai ter remédio. Meu corpo não produz insulina, e o nível de açúcar vai ficar altíssimo. Isso pode ocasionar a parada de funcionamento dos rins, perda de visão e uma série de outros fatores”, contou Renato e completou:

“Essa medicação é essencial para controlar o açúcar no sangue, especialmente antes das refeições.”
 

Doses

O consultor explicou que, por mês, faz a retirada de uma caixa da medicação e realiza a aplicação três vezes ao dia. O frasco é de 10 ml, e o paciente regula a dosagem que necessita tomar conforme indicações médicas. Caso consiga ter acesso à medicação, ela dura um mês.

“Já estamos há mais de três meses sem essa medicação nos postos e isso é muito preocupante. Espero que essa situação seja resolvida o mais rápido possível, porque ela é vital para o nosso dia a dia e para evitar complicações maiores.”

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), mas até o fechamento da reportagem não obteve retorno. Assim que houver atualização, será acrescentada na matéria.

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