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ARTIGOS Caminhos da vida 14 DEZ 2024 • POR Venildo Trevizan - Frei • 07h30
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Uma tradicional e sagrada festa se aproxima. Uma festa que se relaciona com todas as etnias, com todas as classes sociais e com todas as crenças. Uma festa tradicional em suas ceias, em sua troca de presentes e muitas celebrações de encontros familiares e amigos.

Essa é ainda celebrada como a festa da família, em que se revelam atitudes muito delicadas e muito generosas. Os corações revelam-se generosos especialmente com os mais empobrecidos da sociedade. Realizam campanhas e outras promoções em seu favor. Acontecem certos exageros e abusos na comida e bebida.

Tudo é festa. Mesmo que aconteça apenas por alguns dias, é festa que deixa suas marcas. Para os cristãos, mesmo que promovam esses acontecimentos, existe a tradição de celebrar o aniversário daquele que veio ao mundo enviado por Deus como o Messias e Salvador da humanidade.

Essa é a festa do Natal! E o povo aguarda e prepara com enorme alegria. Relembra e celebra com amor, com grandeza de alma e com o coração feliz. A troca de presentes é fundamental como símbolo do grande e sagrado presente de que a humanidade fora agraciada. Tudo deverá reverter em gratidão e louvor.

Essa festa, contudo, não poderá se limitar a enfeites nas residências, nas lojas, nas ruas e nas praças. Precisa que haja algum gesto mais nobre e rico em significado. O Papai Noel, a árvore de Natal e outros estão expostos como atração turística e propaganda comercial. Para o coração humano, precisa algo mais sagrado.

É justamente o livro sagrado, a Bíblia, que proporciona as razões da crença e da adesão ao chamado dirigido a toda a humanidade quanto à necessidade de expressar com atitudes a alegria de encontrar e amar Aquele que nos encontra e nos ama com a totalidade de seu ser.

No evangelho de Lucas (Lc. 3,10-18) nos é dado algum sinal. O povo, como o mais sacrificado e mais sofrido, procurava encontrar respostas para seus males. E perguntavam: Qual seria a razão e qual seria o caminho para encontrar a desejada felicidade? O profeta respondia: Quer ser feliz? Faça feliz alguém. Quer ser santo? Contribua com seus dons para o bem da comunidade.

Assim é que a humanidade precisa pensar e trabalhar, pois, se alguém deseja a santidade, não poderá pensar em si, mas fazer de si um ponto de referência para quem esteja alimentando esse ideal. Tudo quanto desejarmos alcançar no campo da espiritualidade deverá passar pelo caminho da humildade e do desprendimento,

O povo queria algo diferente. Buscava algo que lhe ajudasse sentir no coração uma vida nova, algo que lhe custasse sacrifícios e renúncia de algo. E Deus proporcionou, enviando profetas como seus mensageiros.

Esses percorriam as aldeias e suas comunidades levando palavras de entusiasmo e de adesão.

Pregavam alertando para que tudo o que possuíssem fosse repartido. Quem tivesse duas túnicas doasse uma a quem não tivesse. E assim fizessem com os demais pertences. Assim, o povo vivia feliz e alegre, louvando e bendizendo o Senhor. E o Senhor cobria de bênçãos todo o povo.