O Pantanal Sul-mato-grossense foi palco, no último fim de semana, da Pantanal Marathon, maratona que reúniu 130 atletas nacionais e estrangeiros na Fazenda Baia das Pedras, no Pantanal da Nhecolândia, em Aquidauana.
O evento, que realizou sua primeira edição uniu esporte e meio ambiente, com plantio de árvores pantaneiras, em forma de compensação pelas queimadas que destruíram parte do bioma.
De acordo com a propritária da fazenda, Rita Jurgielewicz, a experiência foi desafiadora, mas positiva, especialmente após o longo período de seca.
"A expectativa antes da maratona foi que a gente estava numa seca grande. Com quinze dias antes, a gente começou a ter uma chuva, tivemos uma numa semana e na semana seguinte tivemos outra e a paisagem mudou completamente, estava tudo verdinho. O Pantanal estava lindo, a fazenda estava linda. O pessoal chegou aqui com chuva", disse.
A expectativa é que as o Pantanal Marathon entre com alto nível no circuito de corridas da América do Sul.
"Ocupa-se agora o espaço do turismo, novas ideiais. Um novo nicho de atividade para que a gente possa fazer em outras épocas de baixa do turismo, preservando, conservando com a participação do Mil pelo Planeta. Tudo isso se torna um evento anual dentro da maratona. A conexão é formada por tudo isso!", disse.
Dificuldades
Marcelo Sinoca, um dos organizadores da corrida, o período chuvoso no Pantanal deixou o terreno pesado, com muita água e isso aumentou o nível de dificuldade para os atletas.
"Estava programada para ter três travessias de água durante todo percurso - 12 km, 21 km e 42 km. Faltando 48 horas para a largada, essa conta já subiu pra cinco travessias de rio e no total, depois de uma grande chuva que deu antes da largada, tivemos mais de seis travessias de rios no total", disse.
"Essa incerteza no Pantanal é o que mais me chama atenção e também é o que deixa a prova mais desafiadora. E pra mim esse é um ponto positivo porque fica mais bonito, a prova fica mais única. Essa prova realmente teve um toque especial devido à travessia a mais que tivemos no percurso", acrescentou.
Ainda segundo Sinoca, em quase 25 anos de trilha de montanha no Brasil e no mundo, a única prova, que se assemelharia em nível de dificuldade, foi a Jungle Marathon Brazil, no coração da floresta nacional do Tapajós, localizada no sudoeste do Pará.
Para 2025 vai ser anunciada a nova data, e a novidade da segunda edição será disponibilizar para o atleta inscrito poder fazer uma visita nos locais onde poderão ver os animais.
A prova teve a participação de atletas de Brasília, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e de países como Peru e Inglaterra.
Resultado
Percurso 12K
- Categoria feminina: Laura Kelly. Tempo: 1h25 minutos
- Categoria masculina: Adolfo Rojas. Tempo: 1h13 minutos
Percurso 21K
- Categoria feminina: Lucilene Aristimunho. Tempo: 2h13 minutos
- Categoria masculina: Dyego da Silva. Tempo: 1h50 minutos
Percurso 42K
- Categoria feminina: Regina Santos. Tempo: 6h13 minutos
- Categoria masculina: Anderson Clayton Diniz. 4h01minuto