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Mato Grosso do Sul "Vale da Celulose" impulsiona economia e PIB deve superar R$ 227 bilhões em 2025 A estimativa da Semadesc com base nos dados anteriores e de projeções futuras é de crescimento de 6,86% para o próximo ano 23 DEZ 2024 • POR Laura Brasil • 15h00
  Foto de capa: Álvaro Rezende

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado crescerá 6,86% em 2025, alcançando R$ 227,8 bilhões.

Os dados são baseados no histórico de desenvolvimento e crescimento, bem como em projeções futuras, fundamentadas em tendências analisadas nos anos anteriores e nas expectativas de variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Conforme o relatório, está previsto que o PIB feche o ano em R$ 190,4 bilhões, com um aumento de 4,65%.

Cabe observar que, nos últimos seis anos, o agronegócio foi o principal responsável pelo crescimento, com a agroindustrialização e a chegada de grandes empreendimentos no setor florestal, o que transformou Mato Grosso do Sul no chamado 'Vale da Celulose'.

"Mato Grosso do Sul vive um ambiente de desenvolvimento e prosperidade, fruto de um trabalho feito com afinco para a criação de todo um arcabouço jurídico, fiscal, econômico, ambiental, social, etc., que nos permite experimentar um crescimento muito acima da média nacional", pontuou Eduardo Riedel.

Polo estratégico

O secretário de Estado Jaime Verruck destacou que o Estado está se consolidando como polo estratégico ao atrair investimentos em setores considerados fundamentais para a economia.

Para se ter uma ideia, desde 2015, Mato Grosso do Sul projetou R$ 84 bilhões em investimentos, quase R$ 44 bilhões dos quais foram projetados apenas para 2024. Isso consolidou o Estado como um dos mais dinâmicos no cenário nacional, impulsionando a competitividade econômica e aumentando a geração de empregos.

Aumento de área plantada

Outro fator apontado foi o aumento de 6,8% na área plantada de soja, superando os 4,5 milhões de hectares cultivados nesta safra.

Ainda segundo o levantamento, o andamento das lavouras fortalece o otimismo em relação ao aumento da riqueza no próximo ano.

A expectativa é de que, se o tempo colaborar, a produtividade estimada chegue a 51,7 sacas por hectare. Com isso, a expectativa é de produção de 13,9 milhões de toneladas.

“Isso é apenas um reflexo daquilo que está acontecendo no Estado todo. Diversificação da base produtiva, expansão de área cultivada, novas indústrias sendo montadas, processo de qualificação profissional muito acentuado para ser reconhecido pela Secretaria de Educação, a agricultura familiar, a gente também fez um recorde de captação de recursos no Pronaf, programa de financiamento para a agricultura familiar, 100% do FCO alocado para o Estado, mais de R$ 2,4 bilhões”, avaliou o secretário e completou:

"A agroindustrialização fortalece setores relevantes, como a pecuária e a produção de celulose, ao mesmo tempo que abre espaço para novas oportunidades em áreas como bioenergia e citricultura. Essa ação está alinhada com o objetivo estratégico de diversificar a economia e aumentar a competitividade estadual", salientou, lembrando que, em 2025, começam as obras da Arauco em Inocência e serão inauguradas mais três usinas de bioenergia: duas de cana, uma em Paranaíba e outra em Anaurilândia, além da usina de etanol de milho em Sidrolândia.

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