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Desvio sem vazão em ponte incendiada interdita MS-228 Ponte de 92 metros foi destruída por incêndio em julho e desvio que foi construído sem tubulação não conteve água da chuva, gerando represamento no local 27 DEZ 2024 • POR SILVIO DE ANDRADE • 15h00
Ponte foi incendiada em julho e desvio virou represa após chuva   Foto: Divulgação

O acesso aos pantanais da Nhecolândia e Abobral pela MS-228, a partir de Corumbá, está interditado pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos): um dos desvios ao lado da ponte de madeira sobre o Rio Negro, queimada durante incêndio de grandes proporções ocorrido no dia 18 de julho desse ano, foi construído sem tubulação para vazão da água e as fortes chuvas na última semana formaram um represamento no local. 

Moradores da comunidade do Porto da Manga, situada na margem direita do Rio Paraguai e a cerca de 4 km da ponte, informaram que o desvio construído conteve a água da chuva, impedindo-a de canalizar para o rio, formando um lago com altura superior a 3 metros.

Esta semana, um trator da prefeitura de Corumbá tentou ultrapassar o alagado e afundou. O desvio do outro lado da ponte, sem cascalho, é precário e não oferece segurança.

Com o isolamento repentino da região com a chegada antecipada das águas, o acesso rodoviário à Nhecolândia e Abobral, saindo de Corumbá, está sendo feito pela BR-262 e pela MS-184 (Estrada Parque), aumentando a distância em mais de 60 km para quem precisar chegar à Curva do Leque (MS-228). Pelo Porto da Manga, são 84 km, com travessia de balsa pelo Rio Paraguai.

Ponte de concreto

A situação se agravou porque o contrato de manutenção das duas estradas estaduais, entre a Agesul e uma empresa, findou há vários meses, impedindo uma solução emergencial.

Correio do Estado apurou que a terceirização se encerrou em outubro e depende de autorização do Tribunal de Contas (TCE/MS) e empenho financeiro para ser renovado.

A agência divulgou nota, ontem, informando que “no momento é impossível executar os reparos necessários devido a continuidade das chuvas”. Mas, garante que “as equipes estão prontas para iniciar os trabalhos”, com previsão de restabelecer o tráfego “o mais breve possível”. E orienta para os usuários do trecho usarem a rota alternativa (BR-262 e MS-184).

Na mesma nota, a Agesul informou que foi projetada a construção de uma ponte de concreto no Rio Negro, em fase de licitação, garantindo mais segurança e durabilidade para atender o fluxo de veículos na região, o escoamento da produção e o turismo.

“A Agesul informará amplamente a população assim que houver novidades sobre a liberação da estrada”, conclui o comunicado.