Fim de ano é sinônimo de fechamento fiscal para empresas de todos os portes. Nesse cenário, o planejamento tributário surge como uma das ferramentas mais importantes para se evitar desperdícios, corrigir possíveis inconsistências e, principalmente, garantir que os tributos pagos estejam alinhados às melhores práticas fiscais e legais.
Dora Ramos, CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial, explica que o planejamento tributário vai além de reduzir custos: ele melhora o controle financeiro e previne problemas com o Fisco. “Para muitas empresas, ajustar o regime tributário, revisar cálculos e identificar créditos tributários pode significar uma economia considerável no fluxo de caixa, que será crucial para começar o próximo ano com fôlego”, destaca a executiva.
Entre as ações mais comuns, está a análise do regime da empresa. Dependendo da operação, transitar entre regimes como o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real pode trazer vantagens fiscais. Além disso, é importante avaliar a possibilidade de compensação de créditos acumulados ao longo do ano, como valores pagos a maior no PIS, COFINS ou ICMS.
“Outro ponto estratégico é o uso de incentivos fiscais. Muitos empresários não conseguem explorar os benefícios oferecidos por programas regionais ou setoriais, seja por desconhecimento, seja pela complexidade da legislação. Esse é um dos papéis do planejamento: identificar oportunidades e aplicá-las de maneira eficiente”, complementa Dora.
O Brasil possui uma legislação tributária extensa, o que exige atenção redobrada e suporte especializado. Empresas que optam por deixar o planejamento em segundo plano, correm o risco de estarem mais suscetíveis a pagar tributos de forma inadequada, incorrendo em prejuízos financeiros e problemas com autuações.
Dora reforça que o planejamento é um investimento estratégico, especialmente na finalização de atividades do ano. “No final do ano, é a hora de corrigir rotas, organizar as obrigações fiscais e traçar estratégias que proporcionem maior previsibilidade e controle no próximo exercício. Esse processo é fundamental para manter a competitividade e garantir a sustentabilidade do negócio”, finaliza.