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Preço do aluguel dispara e Campo Grande tem a segunda maior alta entre as capitais Preço médio subiu 25,55% no ano passado e o aumento só não foi maior do que em Salvador (BA) 14 JAN 2025 • POR Glaucea Vaccari • 12h30
Preço médio do aluguel ficou quatro vezes acima da inflação em Campo Grande   Foto: Marcelo Victor / Arquivo / Correio do Estado

O preço médio do aluguel residencial subiu 26,55% em Campo Grande no ano de 2024, segundo a segunda maior alta registrada entre as capitais do País, atrás apenas de Salvador (BA), onde o aumento foi de 33,07%,  de acordo com o Índice FipeZap, divulgado nesta terça-feira (14).

A alta supera a inflação oficial, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fechou o ano passado com alta acumulada de 4,83%.

Além disso, é o quatro vezes maior do que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas (FGV), comumente chamado de “inflação do aluguel”, pois costuma corrigir anualmente os contratos de moradia. O IGP-M encerrou 2024 em 6,54%.

Na contramão do País, que apesar de registrar alta de 13,50%, teve desaceleração em relação aos dois anos anteriores: 2022 (16,55%) e 2023 (16,16%), Campo Grande registrou o terceiro aumento consecutivo.

Em 2020, o preço médio do aluguel fechou em alta de 14,24% e, em 2023, o índice foi de 26,55% na capital sul-mato-grossense.

Considerando apenas o último mês, dezembro, a variação foi de -2,16%, a menor do País.

O valor de locação do metro quadrado (m²) ficou na média de R$ 32,33 de acordo com o levantamento, que foi feito com base em dados de anúncios de apartamentos prontos e disponíveis para serem alugados.

Relativo a esse valor do metro quadrado, o de Campo Grande é oitavo menor entre as capitais.

Os bairros onde é mais caro alugar uma casa ou apartamento são:

A pesquisa é parceria entre a plataforma de anúncio de imóveis Zap e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

"O levantamento acompanha os preços de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras, sendo 22 capitais, com base em informações de anúncios veiculados na internet."

País

A alta do aluguel no Brasil foi de 13,5% no ano passado,  quase o triplo da inflação oficial do País.

De acordo com a Fipe, em 2024 o aluguel subiu mais que o preço médio de venda de imóveis residenciais, que expandiu 7,73%.

O estudo aponta que o aluguel do imóvel de um quarto foi o que mais subiu, 15,18%, superando a evolução dos domicílios de dois (12,71%), três (12,52%) e quatro ou mais dormitórios (14,17%).

Em relação ao preço do metro quadrado (m²), o imóvel de um quarto também é mais caro (R$ 63,15). O domicílio de dois quartos era anunciado a R$ 44,84, em média.

Entre as capitais, Salvador teve o maior aumento médio no aluguel, 33,07%, seguida por Campo Grande (26,55%) e Porto Alegre (26,33%).

Maceió teve o menor aumento (3,35%), sendo a única capital que ficou abaixo da inflação oficial do IBGE.

Os pesquisadores esclarecem que o índice FipeZap considera preços de anúncios para novos aluguéis.

“Não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato. Como resultado, o índice capta de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo”, pontua a instituição.

Confira o ranking das capitais com o metro quadrado (m²) residencial mais caro para locação: