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Gol anuncia suspensão de voos e reduz opções para Bonito Turistas que quiserem conhecer a capital do ecoturismo sul-mato-grossense terão que voar apenas com a Azul 26 FEV 2025 • POR Alanis Netto • 10h54
  Imagem: Divulgação/Gol Linhas Aéreas

A partir de agosto, a Gol Linhas Aéreas vai parar de oferecer voos para Bonito, a capital do ecoturismo sul-mato-grossense.

O serviço é oferecido há pouco mais de três anos, com partida em Congonhas, pelo avião B737.

Em nota, enviada ao portal Panrotas, a companhia informou que a suspensão ocorre devido a "ajustes da malha aérea", e que os clientes que já haviam adquirido passagens para data posterior à suspensão, ou seja, para viajar para Bonito a partir de agosto, serão assistidos nos termos da resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Desde 2021

O trecho Congonhas a Bonito foi inaugurado pela Gol no dia 2 de dezembro de 2021, com previsão de dois voos semanais para o destino. O trajeto tem duração de aproximadamente 1 hora e 40 minutos.

Apenas com a Azul

Com a saída da Gol, passagens aéreas para Bonito poderão ser compradas apenas a partir da Azul Linhas Aéreas Brasileiras.

Em uma pesquisa rápida, a reportagem encontrou passagens que vão de R$ 597 a R$ 6.490 nos próximos seis meses, pela Azul. O preço varia de acordo com uma série de fatores, como a data em que a pesquisa está sendo feita, proximidade com a data da viagem e feriados ou datas comemorativas, por exemplo.

Fusão

Conforme noticiado pelo Correio do Estado no início de fevereiro, a Gol e a Azul estão tratando uma fusão entre as companhias, o que irá reduzir a concorrência em Mato Grosso do Sul.

A fusão deixaria apenas duas companhias aéreas oferecendo voos de MS para todo o País, o que elevaria a concentração de serviços por uma mesma empresa em algumas praças.

Um especialista, ouvido pela reportagem, pontuou que a redução da concorrência deve aumentar o poder das companhias, e impactar no aumento do preço das passagens aéreas, 

“Quanto mais um mercado for concentrado, maior será o poder do ofertante e maior a possibilidade de aumento de preços. É uma regra da economia que vale para qualquer caso, não apenas passagem aérea. Por isso, é naturalmente esperado um viés de alta se a fusão de duas das três aéreas for levada a frente”, afirmou o o economista e professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), José Roberto Afonso.

Colaborou: Eduardo Miranda.

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