
Algumas semanas se passaram desde que perdemos uma figura querida e influente do nosso jornalismo, o Danilo, aos 61 anos. Com sua visão arrojada, Danilo foi o fundador do Jornal de Domingo e, posteriormente, do JD1. Sua morte repentina deixa um vazio nos corações de quem o amava e também no lugar de fala da nossa sociedade. Sua partida deixa uma lacuna em nossa comunicação, que perde um obstinado pelo nosso estado, cuja vida foi apaixonadamente dedicada a informar.
Sua jornada teve início em 1992, nos meios tradicionais, trabalhando em um jornal impresso semanário, o qual no início era entregue por ele mesmo nos Altos da Avenida Afonso Pena, aos domingos. Surgia o querido Jornal de Domingo. Em 2010, papai fundou o JD1 Notícias, um site que ganhou credibilidade, promovendo agilidade e profundidade na cobertura de eventos políticos, sociais, econômicos e culturais. A adaptação ao mundo digital, aliada à experiência acumulada no campo do jornalismo, fez do Danilo um dos pioneiros no uso das plataformas para a disseminação de conteúdo jornalístico em sua região. Muitos de nós recebíamos suas notícias pelo WhatsApp ou acompanhávamos sua rede social. Rapidamente, o JD1 se tornou uma leitura obrigatória pela qualidade das reportagens e, acima de tudo, pela postura ética e independente de seu editorial.
Com um olhar atento à realidade local, suas escolhas editoriais e a coragem de tratar de temas polêmicos sempre o distinguiram no cenário da comunicação em Mato Grosso do Sul. Ele acreditava que um bom jornalismo deveria informar sem distorções, levantar debates sem incitar polarização e, acima de tudo, promover a justiça social por meio das palavras e imagens.
Danilo deixa um legado imenso, uma liderança que cativava ao seu redor e nos inspirava a fazer mais. Não à toa, sua ética continua ecoando normalmente na sala de redação, que continua seguindo os princípios que, juntos, foram construídos em décadas de jornalismo.
Fora do editorial, Danilo era conhecido por sua generosidade. Dedicava sua vida a devolver, doar e ajudar, sem nunca pedir nada em troca. Diversas foram as pessoas, desconhecidas por mim, que me relataram nas últimas semanas importantes ajudas realizadas pelo papai em suas vidas, como um comerciante que teve ajuda para estabelecer a sua loja ou um médico para abrir o seu primeiro consultório.
Sua partida precoce, e sem aviso prévio, causa uma dor imensa em todos aqueles que tiveram o privilégio de com ele conviver. Seus colaboradores, amigos, familiares e, principalmente, minha mãe, perdem um grande ouvinte, incansavelmente disposto a ajudar. Mas seu legado será perpetuado, por meio de todos nós que fomos tocados pelo seu exemplo e dedicação. O jornalismo sul-mato-grossense lamenta profundamente sua partida, mas também celebra sua contribuição incalculável para a nossa imprensa. Descanse em paz, pai. Sua trajetória continuará a nos inspirar, onde quer que você esteja.