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Conservação ambiental Governo desapropria 121 ha e aumenta área de Parque do Rio Taquari Duas terras da Fazenda Taquari, com áreas em Costa Rica e Alcinópolis irão ser somadas à área de conservação 26 MAR 2025 • POR Mariana Piell • 11h00
Projeto de recupperação do Parque Estadual do Rio Taquari atuou na recuperação de 29 voçorocas
Projeto de recupperação do Parque Estadual do Rio Taquari atuou na recuperação de 29 voçorocas   Divulgação / IMASUL

O Governo de Estado de Mato Grosso do Sul declarou como utilidade pública, para fins de desapropriação, duas áreas de terra da Fazenda Taquari. Medindo ao todo 121 hectares de extensão, as terras serão destinadas a integrar o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari.

Uma das áreas mede 49,606 ha e corresponde a uma gleba de terras da propriedade localizada no município de Costa Rica. A outra área, de 72,4585 ha, fica no município de Alcinópolis e corresponde a uma área de terras pastais e lavradias.

A execução da expropriação fica sob responsabilidade do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) em conjunto com a Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul (PGE/MS). Os atuais proprietários das terras deverão receber indenização.

Recuperação ambiental

No ano passado, o Parque Estadual do Rio Taquari protagonizou o maior projeto de recuperação ambiental do país. Por meio da ação "Sementes do Taquari", realizada pelo Imasul, o Governo do Estado plantou mais de 270 mil mudas no parque, que possui área total de 30.618 ha.

A primeira etapa do projeto consistiu em executar ações de conservação do solo, que incluem terraceamentos e correção 29 voçorocas que comprometiam aproximadamente 40 hectares. Nessa etapa as empresas parceiras que custearam os serviços foram a Ômega Energia e a Restaura Spaço Engenharia.

De acordo com o geógrafo Rônmulo Louzada, um dos responsáveis técnicos pelo projeto, as voçorocas geralmente são causadas pela combinação de chuvas intensas, falta de cobertura vegetal e práticas inadequadas de manejo do solo, o que resulta em um processo de erosão severa que pode levar à degradação do ambiente e à perda de terras férteis.

Já na segunda etapa do projeto foi feito o plantio das mudas por meio da Organização Não Governamental (ONG) Oreades e com custeio das empresas Cargil, ATVOS e Adecoagro.

“São espécies do Cerrado como ipê, balsamo, angico, aroeira, sendo que 20% são plantas frutíferas para alimentar os animais silvestres, entre elas o baru, pequi, jenipapo, jatoba”, explicou Louzada.

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