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TRAGÉDIA Incêndio possivelmente criminoso mata três indígenas em MS Três mulheres foram carbonizadas, entre elas uma bebê de um ano e seis meses 31 MAR 2025 • POR Alicia Miyashiro • 12h31
Três indígenas morrem carbonizadas e suspeita é de atentado   Dourados News

Três pessoas morreram carbonizada na madrugada desta segunda-feira (31) em um barraco em uma área de retomada próximo da Aldeia Bororó, em Dourados - cidade localizada a 230 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o portal Dourados News, no momento do incêndio possivelmente criminoso, estavam no barraco a idosa  Liria Batista, de 76 anos, Janaína Benites, 37, e uma bebê, identificada como Mariana Amarilia de Paula, de um ano e seis meses, filha de Janaína.

Equipes do Setor de Investigações Gerais (SIG), Polícia Militar, Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) e Polícia Científica estão no local realizando os levantamentos.

A suspeita é de que o incêndio tenha sido criminoso, mas ainda não há confirmação da perícia. O incêndio aconteceu na chamada Retomada Avaeté, um terreno próximo da Aldeia Bororó. No local vivem em torno de 20 famílias. 

A deputada federal Célia Xakriabá -  coordenadora da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas no Congresso Nacional ressaltou em nota que a região "sofre ataques recorrentes de latifundiários, que incluem o uso de produtos químicos contra as comunidades, a queima de casas, a destruição de roças e a criminalização de lideranças indígenas".

Violência Indígena

O relatório de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, divulgado em julho de 2024, apontou que Mato Grosso do Sul é o estado com maior índice de violência contra a pessoa indígena (93) do Brasil.

As estatísticas apresentadas no relatório são referentes ao ano de 2023; o levantamento foi divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI). O levantamento apresenta seis categorias dentre elas Mato Grosso do Sul figura com dados negativos em três sendo elas:

Em se tratando de assassinatos, o Estado segue na segunda posição entre os que mais matam indígenas, ficando atrás apenas de Roraima (RR).

Mantendo a linha preocupante do relatório do ano anterior, em 2023, o Estado segue na segunda posição entre os que mais matam indígenas, ficando atrás apenas de Roraima (RR).

Assassinatos de indígenas

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