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Campo Grande Entregadores participam de motociata na Capital em prol de melhorias para a categoria Movimento "Breque Nacional dos Apps 2025" foi convocado por trabalhadores de aplicativos de entregas em diversas cidades do país 31 MAR 2025 • POR Karina Varjão • 15h04
Paralização reuniu aproximadamente 50 entregadores na Capital   Gerson Oliveira

Na manhã desta segunda-feira, 31, aproximadamente 50 moto entregadores realizaram uma motociata pedindo melhores condições de trabalho nas principais plataformas de serviço de delivery, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega. O ponto de partida se deu na Avenida Joaquim Dornelas, no Bairro Amambaí, e, de lá, os entregadores seguiram até a Praça do Rádio Clube. 

Essa foi a primeira de quatro motociatas programadas em quase 60 cidades do Brasil. A categoria alega precarização do trabalho e pedem aumento da tarifa de entrega paga pelos aplicativos. 

Para João Pedro Corrêa, entregador freelancer, o valor da tarifa mínima não acompanhou o aumento dos preços de manutenção dos veículos, peças, combustível, alimentos e até o salário mínimo. "O iFood, por exemplo, paga R$1,50 por quilômetro. Muitas vezes, acaba não compensando fazer a entrega e se arriscar pelo valor baixo", comenta. 

Para quem usa a entrega como principal fonte de renda, o desgaste é intenso. "Quando a entrega era minha fonte de renda, tinha que trabalhar dia e noite para conseguir pagar as contas. São 10, 12 horas por dia se arriscando muito", relembra o jovem. 

Ele também afirmou que o iFood não oferece suporte em caso de imprevistos mecânicos ou acidentes. "Até existe um 'auxílio', mas eu nunca ouvi ninguém dizer que conseguiu acionar. A gente manda foto do acidente e todas as informações, mas não acontece nada."

O movimento "Breque Nacional dos Apps 2025" foi convocado por trabalhadores de aplicativos de entregas em diversas cidades do país. Entre as principais pautas estão:

Esse movimento também busca dar continuidade às pautas e discussões entre as plataformas digitais e os representantes dos trabalhadores no ano de 2024, mas que não avançaram para resoluções que agradassem os entregadores.