Outra ala da Estação Ferroviária, na parte esquerda, abrigará uma loja para venda de produtos culturais e regionais, uma lanchonete cultural, uma pátio coberto para eventos variados, como feiras de antiguidades, de livros, de artesanato e outras manifestações. Ainda nesta ala, haverá um espaço fechado de multiuso, com cerca de 60 lugares. Esse ambiente terá estrutura metálica e fechamento em vidro, o que possibilitará integração com o pátio coberto. O uso deste local será destinado ao desenvolvimento de ações de educação patrimonial, que disseminarão a ideia da preservação e valorização da cultura local.
A solução da intervenção não deve ser marcada pelo exotismo arquitetônico nem pelo caráter simplório, ambas consideradas prejudiciais ao monumento. Marta avalia que é nesse equilíbrio que se enquadra a solução adotada. Segundo a diretora do Planurb, buscou-se uma síntese entre preservação do passado e atendimento às necessidades contemporâneas. “As intervenções serão percebidas, o que irá possibilitar distinguir o autêntico do novo”. A partir desse estudo, recorreu-se à utilização de materiais contemporâneos em vários pontos.
O trabalho de recuperação da Estação Ferroviária também atingirá o Armazém Cultural, que passará a contar com telhado termoacústico – atualmente é de zinco. Em uma outra etapa, sem data definida para iniciar, se buscará unir a estação, o armazém e a feira em ações. Também se iniciará em breve o estudo para ocupação do prédio onde funcionou o dormitório dos funcionários da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, o galpão da oficina de manutenção e a rotunda – rotatória que servia para manobras para encaixe dos vagões. Outra intenção é a implantação de um passeio de trem, que ligaria a Estação Ferroviária ao Centro de Belas Artes, que funcionará na área antigamente destinada à Estação Rodoviária. (OR)