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FLAGRANTE Fotos de menores em Orkut levam cinco para a cadeia Fotos de menores em Orkut levam cinco para a cadeia 2 JUL 2010 • POR • 07h21

Vânya Santos

Fotos de menores se exibindo com armas de alto poder de destruição levaram equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij) a fechar um ponto de venda de drogas, apreender um menor e prender outras quatro pessoas. As imagens foram publicadas no site de relacionamento na internet (Orkut).
De acordo com a delegada Maria de Lourdes Souza Cano, a investigação teve início a cerca de uma semana, quando policiais da Deaij tiveram acesso as imagens e trocas de mensagens pelo Orkut. No site havia fotos de meninos e meninas posando com armas de fogo, dentre elas, uma espingarda calibre 44, que foi apreendida.
Ainda conforme a polícia, algumas mensagens trocadas pelos adolescentes, via internet, mencionavam a prática de assaltos e homicídios. A titular da delegacia afirmou que mesmo diante das prisões, as investigações sobre o caso prosseguem.
Durante investigação, a polícia chegou até a casa de pessoas que estariam envolvidas na comercialização de armas de fogo, no entanto, ao chegar numa residência localizada na Rua dos Meninos, Bairro Vida Nova 3, em Campo Grande, foi constatado que no local funcionava uma boca de fumo.
Laura Pereira de Oliveira, 36 anos e o filho Deividson Oliveira Martins, 18 anos, foram presos por tráfico de entorpecentes. O menor M.R.L., de 17 anos, com quem Laura convive há três anos, foi apreendido porque, segundo a delegada, ajudava na comercialização da droga. O usurário Gilson Alvarenga da Silva, de 19 anos, também foi detido.
Na casa foram encontrados dois tabletes de maconha escondidos dentro da geladeira, R$ 264 e uma balança de precisão. A droga será levada para Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) para pesagem.

Arma
A delegada Maria de Lourdes explicou que Deividson é acusado de vender uma espingarda calibre 44 para Herlon Brito de Lana, 28 anos, que mora no mesmo bairro. O comprador, que é deficiente auditivo, contou à polícia que pagou R$ 400 na arma, parcelado em três vezes. Ele justificou que adquiriu a espingarda para caçar.
O investigador Rodrigo Floreano explicou que a arma apreendida é de uso proibido e tem alto poder de destruição. “Ela tem enorme potencial ofensivo, poder de explosão e impacto. É possível derrubar até um búfalo com essa arma. A munição é quase duas vezes maior que a munição de um revólver calibre 38”, comparou o policial da Deaij.