A Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) prorrogou para 30 de setembro o prazo limite para a destruição de restos ou materiais inaproveitáveis de algodoeiros, depois de realizada a colheita, em doze municípios do Norte e Bolsão. A destruição é uma medida adotada para o combate e controle da praga Anthonomus Grandis, boheman, conhecida como "Bicudo do Algodoeiro".
A prorrogação está acontecendo excepcionalmente, porque as condições do clima nas épocas de plantio e de desenvolvimento da cultura foram prejudiciais na atual safra. Nos meses de dezembro de 2009 a fevereiro de 2010 houve excesso de chuvas, prejudicando o plantio, a germinação e o desenvolvimento vegetativo da cultura. Depois, os períodos prolongados de seca influenciaram no desenvolvimento reprodutivo e maturação. A Seprotur leva ainda em consideração o prolongamento do ciclo do algodão em função de stress climático ocasionado por variações bruscas de temperatura.
De acordo com a Resolução Seprotur nº 584, publicada nesta quinta-feira (2), foi verificada a ineficácia da destruição de soqueira de algodão pelo método químico, em função da baixa umidade relativa do ar, ocasionada pelo período de estiagem superior a sessenta dias, e a dificuldade ou a impossibilidade de destruição mecânica da soqueira pela baixa umidade do solo e também pelo prolongado período de estiagem.
Com base nessas condições, na solicitação de produtores, amparada por pareceres técnicos e a manifestação favorável da Câmara Setorial Consultiva do Algodão, a Secretaria decidiu estender para o fim de setembro o prazo limite para a destruição dos materiais inaproveitáveis. A prorrogação é válida para os casos de plantio de algodão ocorrido nos municípios de Água Clara, Alcinópolis, Camapuã, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e Sonora.