BRASÍLIA
O presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, Alberto Zacharias Toron, afirmou ontem que a OAB vai pedir que seja apurado o fato de o delegado Protógenes Queiroz ter espionado o advogado Nélio Machado, que defende o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity.
Reportagem publicada hoje pelo jornal "O Estado de S Paulo" informou que em dois pen drives de uso pessoal do delegado foram encontradas coleções de imagens (fotos e vídeo) de Nélio Machado. Há suspeitas de que também teriam sido feitos grampos. Machado disse que já desconfiava do monitoramento. "Isso é uma conduta típica do estado policial", afirmou Toron. "É crime de abuso de autoridade", disse.
Para Toron, é inadmissível que um advogado seja alvo de investigação apenas pelo fato de defender um suspeito de cometer crime. "Não podemos consentir que um sujeito, por advogar, seja alvo de monitoramento", afirmou o presidente da comissão de prerrogativas da OAB.