A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul, está preocupada com o processo sucessório em Dourados-MS. Segundo o presidente da entidade, Leonardo Avelino Duarte, a posse do juiz e presidente do Fórum, Eduardo Machado Rocha, não pode ser colocada para a população como algo definitivo. ?Há um equívoco aparente na sucessão ocorrida em Dourados. O magistrado não poderia assumir o cargo, se não momentaneamente, quando muito?, afirmou Duarte.
No entendimento da OAB/MS, o procedimento correto seria convocar os vereadores suplentes, que realizariam uma eleição indireta da diretoria da Cämara. ?Em seguida, o oresidente eleito da Cämara Municipal, com a autorizaç'ao do TRE, convocaria eleições gerais, tanto para o Executivo quanto para Legislativo?, disse o presidente da Seccional da Ordem dos Advogados em Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente da OAB/MS, o que está sendo feito em Dourados não é correto e contraria a legislação em vigor. ?Primeiramente, é preciso deixar claro que não existe Poder Judiciário no âmbito municipal. O nosso federalismo prevê, para os municípios, apenas o Executivo e o Legislativo?, destaca. Duarte observa, ainda, que não existe essa figura de intervenção no Direito Constitucional ou Administrativo. ?Dourados tem o direito de se autogovernar, como qualquer outro ente federativo?, disse o presidente da OAB, ressaltando que a entidade está acompanhando de perto o que está acontecendo no município e defende a apuração dos fatos e a punição dos eventuais responsáveis pela prática de corrupção.