São Paulo
A Copa de 2014 foi lançada oficialmente na semana passada, em evento que reuniu autoridades e ex-craques na África do Sul. Um levantamento de um portal da internet especializado na preparação para o próximo Mundial, porém, apontou que a maioria dos estádios, os principais palcos do evento, continua no papel.
Obras, de fato, apenas em três das 12 cidades-sede. Cuiabá e Manaus começaram a demolição dos antigos estádios. As intervenções no Mineirão, em Belo Horizonte, tiveram início em janeiro último.
Conforme análise do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), os atrasos podem prejudicar a fase de testes dos empreendimentos antes do evento. A entidade indica que, caso a demora nas obras persista, a Copa das Confederações, em 2013, ficaria comprometida.
A situação de São Paulo foi a que mais se deteriorou desde 31 de maio – terceiro prazo da Fifa para o início das obras (leia mais). A capital paulista teve o Morumbi vetado pelo Comitê Organizador Local (COL) e ainda não definiu outro estádio.
Curitiba enfrenta impasse semelhante. A capital paranaense também pretende usar um estádio privado, mas autoridades locais e dirigentes do Atlético-PR não se entendem quanto ao modelo de financiamento das obras. Em Porto Alegre, o Internacional adia as principais intervenções no Beira-Rio.
Das sedes com estádios públicos, Natal e Fortaleza são as retardatárias. Em férias, os deputados do Rio Grande do Norte não votaram Projeto de Lei que permite o lançamento do edital. Por sua vez, o governo cearense enfrenta denúncias de fraude e corrupção no processo licitatório do estádio Castelão.