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Economia Franquias buscam "terreno" para fixar negócios na Capital Franquias buscam "terreno" para fixar negócios na Capital 23 JUL 2010 • POR • 22h12

Carlos Henrique Braga

O mercado consumidor brasileiro amadurece e o de Campo Grande vai no embalo. Empresários já olham a Capital como lugar de oportunidades para expandir os negócios. Prova disso é que sobram franquias querendo instalar-se por aqui e desenvolver o setor de serviços, ainda pouco explorado. O investimento é baixo: com R$ 15 mil dá para ser dono de marca nacional, mesmo que pouco conhecida.
Ontem, no primeiro dia da Feira do Empreendedor, ideia do Sebrae/MS que tomou o Centro de Convenções Albano Franco, duas dezenas de franqueadores disputavam a atenção dos visitantes. Quer abrir um negócio para vender pote de plástico de porta em porta? Tem. Quer investir pouco com a promessa de lucro sem sair de casa? Tem também. O modelo de home based (baseado em casa, em tradução livre) foi copiado dos Estados Unidos pela Zaoim franquias, que oferece sete modelos de empreendimento de baixo custo. Em dois anos, a empresa ganhou mais de 350 franqueados no Brasil.
Duas já existem em Campo Grande: a Doutor Faz Tudo, que “aluga” mão de obra para consertos caseiros; e a Home Angel, que tem cuidadores especializados em idosos. Para abrir uma unidade, é precico desembolsar, em média, R$ 15 mil.
O representante da franqueadora, Samuel Quintans, explica que, como prestadora de serviço em casa, a empresa tem de arcar apenas com custos de abertura e Imposto Sobre Serviços (ISS). O alvo são profissionais liberais com pouco dinheiro e experiência em gestão. A empresa oferece treinamento e orientação.
Com previsão de ser inaugurado em março, o Shopping Norte Sul Plaza, na Capital, comercializou 84% dos espaços destinados a lojas satélites, as menores que rodeiam grandes marcas, chamadas de âncoras. De olho na área vazia, franqueadores nacionais jogam o anzol para fisgar o empresário da cidade. São 18 marcas, de cosméticos a sanduíches, para quem tem pelo menos R$ 180 mil no bolso.
“Muitas marcas não vinham a Campo Grande porque não encontravam lugar no shopping ou no centro, ou até mesmo não tinham como estratégia se instalar fora de shoppings”, analisa o sócio do centro de compras da Avenida Ernesto Geisel, Antonio Arbex.