brasília
Ao contrário das eleições de 2006 e do que a sucessão presidencial sugere com o favoritismo de Dilma Rousseff (PT) - candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, os eleitores brasileiros não devem optar pelo continuísmo na campanha deste ano nos Estados. De acordo com as últimas pesquisas de intenção de votos, os brasileiros devem substituir mais governadores do que nas eleições de 2006, quando nove candidatos conseguiram se reeleger.
Se as eleições fossem hoje, apenas sete governadores se reelegeriam e quatro conseguiriam emplacar um sucessor. Em compensação, quatro governadores devem perder e outros quatro vão precisar ir para o segundo turno para tentar vencer. Já nove deles não convenceram seus eleitores a votar em seu sucessor até agora.
O cientista político Humberto Dantas diz que muita gente esperava pelo continuísmo em razão da estabilidade econômica do Brasil e dos programas sociais, que deixariam os eleitores satisfeitos com o desempenho de seus governantes. “O continuísmo ficou claro principalmente nas eleições municipais”, comentou.
Ele avalia, no entanto, que os analistas se precipitam ao afirmar que um governador ganharia ou perderia uma campanha só por ser apoiado por Lula e Dilma. “A política no Brasil se faz muito regionalmente, por isso é preciso considerar a política local”, frisou.