O escoamento dos produtos sul-mato-grossenses pelo Corredor Bioceânico até o Porto de Arica no Chile poderia reduzir em até 7 mil quilômetros a distância até o mercado asiático, além de diminuir em até 5% o valor do frete pago. As afirmações foram feitas hoje pela manhã pelo coordenador do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fiems, Fábio Fonseca, durante seminário realizado no 6º andar do Edifício Casa da Indústria, as vantagens para os empresários sul-mato-grossenses do uso do porto de Arica, no Chile, para importação e exportação de produtos do e para o mercado asiático.
De acordo com o presidente da Fiems, Sérgio Longen “discutimos aqui o que precisamos fazer para avançar na questão de logística de transporte para levar e trazer produtos para a Ásia via Oceano Pacífico. Penso que o Estado passa por um amadurecimento econômico com as exportações batendo recorde e nós precisamos construir ações como as de hoje para desenvolver o nosso Estado”.
O coordenador do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fiems, Fábio Fonseca, acrescenta que “hoje, todos os segmentos do setor industrial do Estado poderiam ser beneficiados com o uso dos portos chilenos, entre eles, o de alimentos, de metalmecânica, de celulose e papel, de soja e derivados, de carne e seus subprodutos”, garantiu, ressaltando que os governos da Bolívia, Chile, Argentina e Paraguai têm unido esforços para a criação de infra-estrutura necessária para as exportações via corredor bioceânico.
De acordo com Fábio Fonseca, esses esforços compreendem a pavimentação de rodovias e o investimento na infra-estrutura ferroviária. “Os governos desses países já assinaram um protocolo de intenções, dos quais 90% tem sido cumprido. Para se ter uma idéia, o único país que falta cumprir as exigências é a Bolívia, que precisa pavimentar 200 quilômetros de rodovia para possibilitar a integração do Brasil ao corredor bioceânico”, informou, acrescentando que a finalização desse trajeto os empresários do Estado que exportam para a China seriam os maiores beneficiados.