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TRÁFICO Volume de apreensões de drogas cresce 20% em rodovias de MS Volume de apreensões de drogas cresce 20% em rodovias de MS 15 OUT 2010 • POR VIVIANNE NUNES • 08h33

O número de apreensões de drogas registradas nos nove primeiros meses deste ano nas rodovias federais Mato Grosso do Sul já é pelo menos 20% maior do que no mesmo período do ano passado. Em 2009 foram 253 apreensões e este ano no número já chega a 304.

Segundo o inspetor Airton Motti Junior da Polícia Rodoviária Federal, apenas este ano foram apreendidas 29 toneladas de maconha e uma tonelada e duzentos quilos de cocaína. Número crescente, de acordo com o inspetor, quando levamos em consideração que no ano passado, foram 20 toneladas de maconha e 600 quilos de cocaína.

Para ele, a estruturação financeira das quadrilhas tem feito com que invistam cada vez mais no tráfico de drogas. O alto consumo, principalmente nas regiões sudeste e centro-oeste também é um fator que faz com que os traficantes queiram movimentar cada vez mais o transporte de drogas e o Mato Grosso do Sul, como já foi dito várias vezes na mídia, é rota para o tráfico. O inspetor lembra que apesar do grande volume de entorpecentes que passa pelo Estado, a droga, na maioria das vezes, não fica em Campo Grande ou no Estado. Grande parte é destinada aos grandes centros como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.

Mesmo com efetivo que não é considerado suficiente para suprir a demanda de serviço, a PRF tem reforçado o policiamento e as fiscalizações com estratégias diferente, equipamentos, cães farejadores e serviço de inteligência. Motti Junior lembra ainda que a maioria das apreensões é feita por conta da fiscalização, mas que a população também pode denunciar pelo número 191 da PRF.

Carona

A PRF tem alertado aos motoristas que constantemente utilizam as rodovias do Estado, a não oferecerem caronas às margens da rodovia.

Uma jovem de 27 anos foi detida na última quarta-feira com 15 quilos de maconha. Ela seguia viagem de Campo Grande ruma a Sinop, no Mato Grosso e tinha pegado carona com um caminhoneiro, que acabou preso com ela. “Sabemos que tem o lado social. São muitas pessoas nas rodovias pedindo carona, mas nós recomendamos que os motoristas não dêm carona até porque, em muitos casos, as pessoas se aproveitam da situação para levar entorpecentes e ai fica complicado para explicar à polícia que o passageiro foi pego na rodovia”, explicou.

Airton lembra também que é comum que as quadrilhas usem mulheres à beira das rodovias como chamariz para assaltos e sequestros.

A pena para quem for pego em tráfico de drogas pode variar entre 5 e 15 anos de prisão em regime fechado.