Depois de cinco dias de buscas pelo filhote de onça pintada que escapou do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) em Campo Grande, policiais militares ambientais e biólogos do Centro irão instalar, na tarde de hoje, oito armadilhas fotográficas que servirão para monitorar a passagem do animal. Hoje haverá também buscas noturnas feitas com equipamento específico para isso. A equipe passa a ser menor a partir de hoje como maneira de não entocar mais ainda o felino. As informações são do biólogo coordenador do Cras, Elson Borges.
Todos os equipamentos serão instalados dentro do Cras já que os últimos indícios indicam que o animal continue nas dependências da reserva, onde foram avistadas as últimas pegadas. Elson explica que muitas ligações foram feitas a PMA e a maioria frustrada. “Chegaram a nos ligar afirmando sobre pegadas em determinado local e quando chegamos eram pegadas de um gato”, explicou. Ele explica que a pegada de um filhote de onça tem em média dez centímetros.
Questionado sobre a alimentação da onça, o biólogo explicou que por se tratar de um animal criado em cativeiro, dificilmente ele está caçando na mata. Pode ser que esteja se alimentando de animais mortos, já que é um oportunista. “Pode ser também que, com fome, ele retorne ao Cras, que é onde ele recebia alimentação”, afirmou. A reserva do Cras tem 130 hectares e as buscas continuam. O filhote de onça pintada chegou ao Cras com dois meses de idade e hoje já tem oito.