O governador André Puccinelli (PMDB) defendeu hoje, durante entrega de documentos no Ministério Público Estadual (MPE), a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ele condicionou o fato, no entanto, a aplicação integral do imposto na saúde, desde que não resulte em redução do orçamento federal para o setor.
Ontem a presidente eleita, Dilma Roussef, afirmou que não pretende enviar ao Congresso a recomposição da CPMF, mas que terá negociações com os governadores sobre o tema.
A polêmica já passa a criar divergências. O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro, defende que a reedição da CPMF é uma expansão da carga tributária. “Os varejistas não aceitarão o retorno da CPMF. Os governos devem repensar sobre esse tributo. Vamos mobilizar nacionalmente o movimento lojista contra a volta da CPMF”, afirma.
Já o presidente nacional do PSB e governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, defendeu, a volta da cobrança da contribuição, ao alegar a existência de um subfinanciamento na ordem de R$ 51 bilhões ao ano na área da saúde. “Se precisar ser em parte ou totalmente a CPMF, vamos fazer isso, porque depois que baixou a CPMF não vi cair o preço de nada”, disse o governador que, segundo a Agência Brasil, já vem mantendo conversas com o presidente Lula e com a presidente eleita sobre o assunto.
Informações extra G1