O Haiti já registra 643 mortes provocadas pelo cólera, além de 9.971 pessoas infectadas, de acordo com o Departamento de Ajuda Humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU). O órgão informou que casos da doença foram identificados na capital Porto Príncipe.
Condições sanitárias ruins em várias partes do país, inundações e lama provocadas pelo Furacão Tomas, segundo a ONU, são fatores que podem ter acelerado a propagação da epidemia, que começou em outubro deste ano.
Casos de cólera foram confirmados em seis departamentos. Ao todo, 15 centros de tratamento da doença foram instalados no país por organizações humanitárias, responsáveis também por melhorias em hospitais públicos e privados.
De acordo com a ONU, o objetivo é ajudar o governo haitiano a se preparar para “o pior dos cenários” – uma epidemia em escala nacional.
Uma equipe composta por 15 especialistas tenta verificar a qualidade da água em todo o país. Cerca de 500 mil kits de purificação de água estão sendo distribuídos, sobretudo nas áreas onde o cólera já foi confirmado.
Campos de refugiados em Porto Príncipe, onde ainda vivem pessoas atingidas pelo forte terremoto de janeiro deste ano, foram identificados pela ONU como locais de alto risco para um surto de cólera.
O cólera é uma doença infecciosa intestinal transmitida, principalmente, pela ingestão de água ou de alimentos contaminados. A transmissão pode ocorrer também pelo uso de produtos contaminados, por moscas ou por contato direto entre pessoas infectadas.