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CAGED Geração de novos empregos é recorde no comércio de MS Geração de novos empregos é recorde no comércio de MS 20 NOV 2010 • POR Edivaldo Bitencourt • 01h10

Aquecido por conta do aumento do consumo, principalmente das classes C e D, o comércio de Mato Grosso do Sul bateu recorde na geração de empregos em outubro. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o setor é responsável por 65% das 1.822 novas vagas criadas no mês passado, o 3º melhor outubro da história.

Houve aumento de 25,9% na criação de novos empregos em relação ao mesmo mês do ano passado (1.447). As admissões tiveram crescimento de 10,1%, de 18,4 mil para 20,3 mil e os desligamentos, de 8,8%, de 16,9 mil para 18,4 mil. No histórico, a criação de novos empregos só perde para os meses de outubro de 2007 (2.637) e 2004 (2.175).

E o principal responsável pelo crescimento foi o comércio, que registrou aumento de 22,2% no saldo de novos postos de trabalho, de 981 para 1.199. Os comerciantes contrataram 11,6% mais no período. Foram 5.206 admissões, contra 4.663 em outubro de 2009. Já as demissões tiveram redução de 6,4%, de 4.283 para 4.007. No acumulado do ano, o comércio gerou 4,1 mil novas vagas, elevando o quadro com carteira assinada em 4,18%, de 98,3 mil para 102,4 mil empregados.

Para o vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, João Carlos Polidoro, a alta é reflexo do aumento do poder de consumo das classes C e D. O setor se prepara para o melhor Natal da década, com previsão de aumento de 11% nas vendas deste fim de ano em relação a 2009. O setor está tão aquecido, conforme o dirigente, que até falta trabalhador qualificado para atender à demanda.

Apesar de ter criado 7 mil novas vagas neste mês, a indústria eliminou 101 empregos em outubro. Para o economista Áureo Torres, a pequena redução no mês passado significa ajuste. E a construção civil, superaquecida, só teve saldo de 62 novas vagas. Neste caso, Torres diz que o trabalhador opta pela informalidade, onde recebe mais e fica livre das contribuições. Já o empregador não se opõe porque a formalização da mão de obra elevaria o custo da folha em 100% com os encargos sociais.

A agropecuária só criou 106 novas vagas, efeito da entressafra. No acumulado do ano, o Estado criou 27,1 mil novos empregos, aumento de 7%. O percentual de crescimento é o 17º maior do País no ranking liderado por Rondônia (11,91%).

Nacional
No País, foram gerados 204 mil novos empregos em outubro. No acumulado do ano, são 2,4 milhões de empregos. O Governo Lula vai criar 15 milhões de novos empregos criados em oito anos.