Depois da equipe econômica, Dilma Rousseff vai anunciar os ministros "da casa", aqueles com gabinete no Palácio do Planalto.
Na lista de classificados como certos por assessores da presidente eleita estão o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e Antonio Palocci Filho, coordenador da transição. Eles podem ir ou para Casa Civil ou para a Secretaria-Geral da Presidência.
Dilma quer fazer mudanças nas duas pastas. Enquanto a primeira será desidratada, perdendo funções executivas, a segunda será repaginada, ampliando suas atribuições. A petista já avisou que não quer "superministros" em seu governo.
O Ministério do Planejamento, que será ocupado por Miriam Belchior, será igualmente turbinado. A pasta receberá o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e outras iniciativas governamentais. A mudança é natural, já que Belchior é coordenadora do programa.
A chefia de gabinete de Dilma ficará com Giles Azevedo, seu auxiliar de longa data e coordenador de agenda durante a campanha. É hoje um dos mais próximos integrantes da transição.
O atual ocupante do cargo no governo Lula, Gilberto Carvalho, é outro cotado para assumir uma pasta no Palácio do Planalto.
Seu nome é citado para a Secretaria-Geral da Presidência, mas também entrou nas cotações para a Secretaria de Direitos Humanos.
Outros dois petistas são considerados certos na equipe de Dilma. O deputado José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores de sua campanha, deve ser o próximo ministro da Justiça.
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) pode ir para a Saúde.
Apesar do carimbo da continuidade, Dilma trabalha para mudar o atual Executivo, ainda que parte dos nomes já sejam conhecidos.