A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está realizando hoje a 11ª edição da campanha do câncer de pele no ambulatório de dermatologia do Hospital Universitário. Desde as 9 horas, médicos e estudantes estão divulgando informações, fazendo diagnóstico e tratamento da doença gratuito no local. Até as 9 horas, 570 senhas haviam sido distribuídas no HU. O atendimento acontece até às 15 horas.
Na campanha de 2009, cerca de 800 pessoas foram atendidas na Capital e 1,5 mil no Estado. Cerca de 10% desse total foi diagnosticado com câncer de pele. Os últimos dados da Vigilância Epidemiológica, levantados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), apontam um total de 583 pessoas com câncer de pele.
Em Campo Grande, a doença provocou 14 mortes em 2006, 17 em 2007, nove em 2008, também nove óbitos em 2009 e, até agosto deste ano, dez mortes. O total de pacientes encaminhados à quimioterapia em 2010 chegou a 111 pessoas, já a radioterapia foi realizada em 302 portadores do câncer de pele.
De acordo com a coordenadora da campanha Dra Michela Rezende Skannapieco, cada vez mais aumentam os casos da doença na Capital. "As pessoas estão mais informadas. Umas tem mais cuidado e as outras não", frisou a médica.
No hospital, os médicos estão atendendo em três salas de cirurgia fazendo cauterizações e biópsias e no ambulatório.Estudantes de medicina, acompanhados dos médicos, fazem a triagem das pessoas, que são orientadas a buscar postos de saúde nos casos mais simples e nos mais graves são encaminhadas para cirurgia e tratamento.
Informações sobre a doença - No câncer de pele ocorre um crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. A radiação ultravioleta dos raios solares (e cabines de bronzeamento artificial) é a principal causa da doença. A exposição excessiva e prolongada ao sol aumenta o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer, além de provocar o envelhecimento precoce da pele.
Os sintomas são lesões na pele que não cicatrizam e crescem lentamente (podendo sangrar ou formar uma pequena ferida), pintas pretas ou acastanhadas, irregulares nas bordas ou com o tamanho aumentado. A prevenção é proteger-se dos raios solares com o uso de bonés, roupas e filtros solares adequados. A proteção deve ser dobrada entre 10h e 15h, horário em que incide a radiação UVB, de grande potencial carcinogênico.
Os dermatologistas orientam que para a síntese de vitamina D no organismo bastam dez minutos de sol duas vezes por semana, mas sempre usando protetor solar. Outras dicas para a proteção eficiente da pele e informações sobre o câncer de pele estão nos folders elaborados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A população pode ter acesso a essas informações nas UBS. Como parte da parceria, a Sesau enviou 500 folders sobre câncer de pele para os Distritos Sanitários, responsáveis pela distribuição às unidades de saúde.