O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, enviou uma carta para Embaixada dos Estados Unidos pedindo ajuda para que o governo norte-americano torne mais rápido o envio de material biológico necessário para a produção de testes no Brasil. febre chikungunya, doença transmitida pelo Aedes aegypti com três casos importados confirmados no Brasil. O Instituto Evandro Chagas tem aproximadamente 1 mil testes para diagnosticar a doença, mas número é considerado insuficiente pelo governo brasileiro.
Em agosto, diante do primeiro caso registrado no País, o governo brasileiro enviou uma solicitação à Organização Pan-Americana de Saúde para que o material fosse entregue. Naquela época, a expectativa era de que material chegasse ao Brasil em março, em razão de uma série de exigências burocráticas do governo americano. Um período considerado muito longo pelo ministério.
Assim como a dengue, a febre chikungunya é transmitida pela picada do Aedes aegypti. Não há transmissão de uma pessoa para outra. A doença provoca febre alta, dores nas articulações, dores de cabeça. Parte dos pacientes apresenta forma crônica da doença. Nesses casos, dores nas articulações persistem por até um ano. Pessoas relatam dificuldades até mesmo para escrever.
Embora a letalidade da doença seja baixa, autoridades sanitárias estão preocupadas pelo fato de no País haver grande número de criadouros do mosquito Aedes aegypti. O diretor do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, lembra ainda que a doença pode rapidamente se alastrar. "Um surto poderia ter impacto importante nos serviços de atendimento", disse Giovanini Coelho.