Passados os meses de agosto, setembro, outubro e novembro quando foi registrada, semanalmente, pequena evolução no número de casos de dengue em Mato Grosso do Sul, dezembro começou com um salto na quantidade de confirmações da doença. Entre 47ª e a 48ª semanas, foram 1.252 novos casos notificados, média diária de 178 novas ocorrências, passando de 80.344 para 81.596 no ano, conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde. Uma morte a mais, em Paranaíba, foi contabilizada, chegando a 47 vítimas desde o início do ano.
A quantidade de doentes é semelhante ao que foi registrada em todo o período entre o fim de julho e meados de outubro, da 25ª até a 41ª semana, quando o número passou de 77.968 para 79.461 casos (1.493 notificações, média de 13 casos por dia). Os números constam nos boletins epidemiológicos da doença, divulgados todas as semanas.
Neste último relatório, são atribuídos 47 mortes em decorrência da dengue. Campo Grande registrou 22 óbitos, Jardim e Dourados, sete cada um, Paranaíba e Ponta Porã, dois por município, e Água Clara, Angélica, Corumbá, Mundo Novo, Rio Brilhante, Rio Verde e Três Lagoas tiveram uma vítima cada.
A secretaria trabalha com oito municípios prioritário com relação à dengue (Bonito, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Ponta Porã e Três Lagoas). A incidência da doença, proporcional à população das cidades, porém, incluem também Nova Alvorada do Sul, Inocência, Maracaju, Ivinhema, Brasilândia e Angélica. Todos têm risco considerado muito alto para surtos da doença.
Prevenção
A preocupação com a dengue levou autoridades a intensificarem as ações para combater o mosquito transmissor, inclusive antecipando a campanha contra a doença. Nas escolas, crianças recebem orientação para que adotem medidas preventivas, durante as férias, em suas casas, eliminando os possíveis focos.
Há preocupação com a possibilidade da circulação do vírus tipo 4 no Estado. Como a população não teve contato com esse sorotipo, pode ocorrer surto da doença.