A taxa de mortalidade na infância entre crianças menores de cinco anos caiu 58%, entre 1990 e 2008. É o que revela a pesquisa "Saúde Brasil", divulgada nesta terça-feira, pelo Ministério da Saúde. A publicação é feita todo ano para avaliar a situação da saúde pública no País. De acordo com o ministro José Gomes Temporão, o Nordeste puxou a queda nacional e conseguiu reduzir em 65% o índice regional de mortalidade na infância no período.
"Chama a atenção a grande queda sustentada da mortalidade infantil entre 1990 e 2008. Essa queda acentua-se mais proporcionalmente na Região Nordeste, e hoje está em torno de 19 por mil nascidos vivos. Evidente que isso é um conjunto de medidas de políticas públicas onde entra com grande peso a ampliação do Programa Saúde da Família, políticas de vacinação, ampliação do saneamento básico, ampliação da escolaridade médias das mães, melhoria do padrão nutricional, entre outras iniciativas."
Para obter melhores resultados nos próximos anos, o foco das ações contra a mortalidade infantil continuará no Nordeste e na Amazônia Legal, que abrange nove estados. O ministro da Saúde lembra que os investimentos feitos nessas regiões, desde 2008, triplicaram, passando de 110 milhões para 339 milhões de reais, com o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil Nordeste-Amazônia Legal.
"O relatório ainda não consegue apreender o esforço iniciado a partir de 2008, com o Pacto de Redução da Mortalidade Infantil Amazônia Legal e Nordeste, onde muita coisa está acontecendo. Nós temos indicadores indiretos de que os resultados que serão apresentados ano que vem, nos próximos dois anos, serão bastante importantes do ponto de vista de redução."
O Ministério da Saúde informa que, com esses resultados, o Brasil deve antecipar em três anos o cumprimento do quarto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, que é de reduzir a mortalidade na infância para 17 óbitos por mil nascidos vivos. O prazo estabelecido pela Organização das Nações Unidas para que os países atinjam a meta é 2015.