O primeiro teste feito com radar móvel pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) apontou que 38,6% dos condutores que passaram pela Via Morena, na tarde de ontem, excederam o limite de velocidade permitido para o local, que é de 60 km/h. Ao todo, 163 dos 422 veículos fotografados pelo equipamento, no intervalo das 14h às 15h30min, trafegavam em alta velocidade. Uma motocicleta foi flagrada a 98 km/h, segundo o chefe de divisão de fiscalização de trânsito da Agetran, Éder Vera Cruz da Silva.
O radar está em fase de teste na Capital e, por isso, os infratores não serão advertidos ou autuados, no entanto, o excesso de velocidade é considerado infração gravíssima. Neste caso, a multa pode chegar a R$ 574,62, acúmulo de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação ou ainda suspensão do documento.
De acordo com Éder Vera Cruz, o equipamento desenvolvido pela Perkons – empresa responsável pela instalação e manutenção de radares e lombadas eletrônicas em Campo Grande – será submetido a teste até o final desta semana, mas os locais onde o radar estará não será divulgado. Em nota, a prefeitura citou avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mascarenhas de Moraes como possíveis pontos de fiscalização.
"Será um apoio para fiscalização (o radar) e também para fazer com que os condutores entendam que independente de ter radar ou lombada é importante manter a velocidade recomendada para a via. Nossa finalidade não é autuar e sim fazer com que o condutor adote um comportamento seguro, independente da hora e do local que está trafegando", garantiu o chefe da fiscalização.
O equipamento conta com flash infravermelho e não ofusca a visão dos condutores, o que possibilita o uso do radar durante à noite. Ainda segundo Éder Vera Cruz, as imagens são captadas por meio de Sistema Doppler de onda contínua e proporciona fotografia de boa qualidade. Além da Agetran, participaram do primeiro teste do aparelho equipe da Companhia Independente de Polícia Militar de Trânsito (Ciptran) e técnicos da Perkons.