Quatro pessoas morreram ontem em acidentes ocorridos em duas rodovias, nas proximidades da área urbana de Campo Grande. Pela manhã, Adão José de Oliveira, 33 anos, e Sílvio Firmino da Silva, 21 anos, foram as vítimas do capotamento da Hilux em que estavam, na MS-060 (veja matéria abaixo). Por volta de 16 horas, na BR-163, saída para São Paulo, morreram o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar em Dourados, cabo Francisco Veloso Lopes, e o também cabo Adevaldo Alves. Francisco era condutor do Gol, de placa de Dourados, e ocupado por Adevaldo e mais dois colegas deles: o cabo Aparecido Santos Lima e o soldado Oscar Castelo. O carro de passeio seguia no sentido interior/Capital e bateu de frente com um Mercedes- Benz que trafegava na pista contrária. Franscisco morreu no local e Adevaldo, ao dar entrada na Santa Casa. O caminhão era dirigido por Alan Fagner Berdusco, 32 anos. Ele teve cortes na cabeça e, antes de ser socorrido para atendimento médico, contou que o acidente aconteceu porque o Gol invadiu a pista. Os três policiais militares que sobreviveram foram encaminhados em estado grave pelo Corpo de Bombeiros para a Santa Casa. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Gol aquaplanou e o motorista perdeu o controle da direção. Chovia muito no momento da colisão. O policial ainda conseguiu desviar de um bitrem, mas acabou batendo no Mercedes. O caminhão foi parar em uma área com lama, fora da pista, a cerca de 100 metros do ponto de colisão. O eixo frontal ficou destruído. Alan estava com o veículo vazio e seguia para Nova Alvorada do Sul, onde seria carregado com materiais recicláveis. A frente do Gol e a lateral esquerda ficaram danificadas e o capô amassou. Os policiais da reserva seguiam para a Capital, onde iriam se juntar a colegas para viajarem, em um ônibus, a Brasília. Na capital federal, iriam pressionar o governo para aprovação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que iguala o salário dos policiais militares em todo o País. O presidente da Associação de Cabos e Soldados em Mato Grosso do Sul, Mello Irmão, disse que a viagem prossegue mesmo “com o coração apertado”. Ele declara que os colegas seguiam para defender a categoria e é em nome deles e das famílias que a ida a Brasília foi mantida.