O governador André Puccinelli (PMDB) garantiu ontem não estar discutindo com os deputados estaduais a sucessão da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, mas ensinando aos novatos "a cartilha do be-a-bá". "Quando chega um deputado novo acha que o céu já foi alcançado e ainda precisa muita escadinha para chegar ao céu. Então, estou conversando com todos para dizer quais normas que eram e que continuarão para dar-lhes a cartilha do be-a-bá", declarou. Além disso, ele deixou claro, mas sem citar nomes, que já arrebanhou o apoio de dois dos sete parlamentares eleitos pela oposição.
"A base de oposição será de no máximo cinco deputados", sentenciou Puccinelli. Pela chapa adversária, foram eleitos quatro deputados do PT (Paulo Duarte, Pedro Kemp, Cabo Almi e Laerte Tetila). O PDT elegeu Felipe Orro; o PP, Alcides Bernal e o PSL garantiu a vitória de Jorge Takimoto.
Puccinelli ainda aproveitou para ressaltar que deu tratamento igualitário aos governistas e para cutucar a oposição. "Aqueles que forem da base aliada do governo continuarão tendo igual tratamento para todos. Para a oposição, nós, dando o exemplo do que não ocorria no governo anterior, liberamos as emendas para todos, inclusive do PT", disse.
Mesa Diretora
Apesar de negar manter articulações com os deputados sobre a sucessão da Mesa Diretora, nos bastidores, o governador não esconde de ninguém a intenção de manter o deputado estadual Jerson Domingos (PMDB) na presidência do Poder Legislativo. Para a primeira-secretaria, um dos mais contados é o deputado Londres Machado (PR).
Na tentativa de quebrar o domínio dos governistas, a oposição ensaia a candidatura do deputado Pedro Kemp (PT) para presidente. Pelo menos até o início do recesso, o petista seguiu mantendo a candidatura, apesar de admitir a dificuldade de sair vitorioso do processo.